A apresentadora Angélica revelou ter sofrido abusos sexuais e psicológicos na adolescência enquanto participava de uma gravação na França, para promover “Vou de Táxi”, um de seus maiores hits musicais. Ela contou que tinha 15 ou 16 anos quando aconteceu.
“Era um grupo de jovens, de homens, meninos. O fotógrafo falou: ‘fica aqui do lado dela pra fazer foto’. E aí vieram aqueles meninos todos e quando o fotógrafo falou que era uma brasileira, cantora do Brasil, eles foram chegando perto de mim e se esfregando em mim”, detalhou Angélica ao site “Mina bem estar”, que completou: “Um dos meninos ficou passando a mão na minha bunda. Passando a mão em mim inteira. Eu estava atrás de um táxi, ninguém estava vendo e eu não fiz nada. Eu estava num país que não era o meu, eles conversavam numa língua que não era a minha… Estava ali, sendo violentada por dois, três meninos, ninguém viu, eu sabia e eu não tive reação nenhuma, não fiz nada”.
Após a repercussão da entrevista, Angélica voltou as redes e falou que só agora conseguiu falar publicamente sobre o ocorrido.
“Hoje na ‘Mina bem estar’, conversei com a Luciana Temer sobre a exploração e o abuso sexual contra crianças e adolescentes. Relatei o abuso que sofri quando era menor de idade, por volta dos meus 14 e 15 anos realizando um trabalho fora do país. Até hoje me pergunto o motivo de ter ficado tanto tempo em silêncio, minimizando uma dor terrível. Hoje, com meu amadurecimento consegui ter voz e forças para relatar sobre o ocorrido”, postou no Instagram.
O relato foi feito numa conversa com a filha do ex-presidente Michel Temer (PMDB), que revelou ter sido vítima de estupro anos atrás, após um assalto. Luciana Temer, de 53 anos, afirmou não ter registrado um boletim de ocorrência na época, quando tinha cerca de 27 anos, por medo de se expor.
“Havia saído recentemente de um cargo de delegada em uma delegacia da mulher. A coisa mais natural do mundo seria eu registrar a ocorrência, e eu não registrei”, disse Luciana Temer na entrevista ao blog do site Uol, que contou o episódio apenas ao marido e familiares: “Eu falava: nunca vão achar, nunca vão pegar. Para que eu vou me expor? Como se eu ter sido vítima de um assalto, com arma na cabeça, me expusesse. O que é uma idiotice”.
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