O presidente Jair Bolsonaro reavalia a nomeação do publicitário bolsonarista Luiz Galeazzo para o comando da Diretoria de Conteúdo e Gestão de Canais Digitais da Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência da República).
A polêmica criada com a divulgação de fotos íntimas do publicitário pelo deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) causou mal-estar no Palácio do Planalto, que congelou a indicação e passou a buscar outros nomes para o cargo.
Desde as postagens feitas pelo congressista na quarta-feira (5), incluindo imagem do influenciador digital com duas mulheres nuas, a equipe do presidente recebeu reclamações de deputados e líderes evangélicos.
Galeazzo foi convidado para a função pelo chefe da Secom, o secretário Fabio Wajngarten, investigado pela Polícia Federal por supostas práticas de corrupção passiva.
O publicitário já teria entregue seus documentos ao GSI (Gabinete de Segurança Institucional) para que a pasta ministerial faça a análise de seus antecedentes, inclusive criminais, para viabilizar a nomeação.
Ele foi escalado para tentar iniciar um reposicionamento da publicidade do governo nas mídias sociais, organizando uma equipe capaz de dar respostas rápidas ao que Wajngarten chamou de “ataques da imprensa ao governo”.
A falta de uma postura incisiva da comunicação institucional é criticada desde o ano passado por apoiadores do presidente. Para eles, a Secom não tem defendido de forma adequada o presidente. No governo, há quem veja nas postagens as digitais do grupo ligado ao vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ).
Folha de S. Paulo