Após a morte do ator Tarcísio Meira, de 85 anos de idade, a palavra Coronavac ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter. O artista faleceu nesta quinta-feira (12/8), vítima da Covid-19.
Por volta das 14h desta quinta, o termo Coronavac ocupava o 4º lugar entre os assuntos do momento na rede social. Tarcísio e a esposa, Glória Menezes, de 86 anos, estavam vacinados com o imunizante há quase cinco meses. Eles completaram o esquema vacinal em São Paulo.
No Twitter, internautas levantaram discussões sobre a efetividade da vacina, produzida pelo Instituto Butantan. No entanto, uma pesquisa chilena comprova que entre aqueles que foram imunizados com as duas doses da Coronavac, a eficácia da vacina é de 65,9% para a prevenção da Covid-19.
Além disso, a pesquisa mostrou que o imunizante garante 87,5% de eficácia para a prevenção da hospitalização; 90,3% para a prevenção de internações em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs); e 86,3% para a prevenção de morte causada pelo vírus.
Procurada pelo Metrópoles, a infectologista Ana Helena Germoglio explica que o fato de o casal ter adoecido – Glória teve apenas sintomas leves e deve receber alta nesta quinta – não quer dizer que os imunizantes sejam ineficazes.
Ao contrário, segundo ela, esse é mais um argumento que reforça a importância de mais pessoas se vacinarem para a construção da imunidade coletiva.
“Por melhor que seja a efetividade da vacina, ela não vai proteger 100%. Além disso, existem fatores intrínsecos que podem fazer com que a resposta ao estímulo provocado pela vacina seja menor que o esperado. A idade é um desses fatores”, explica a infectologista.
Em suas redes sociais, Germoglio fez uma comparação que ajuda a esclarecer como pessoas vacinadas, mesmo com as duas doses, ainda correm riscos de se infectar e vir a óbito. Para tornar o assunto mais claro, ela dá o exemplo do carro Volvo XC60, tido como o “carro mais seguro do mundo”.
Metrópoles