Após ser absolvido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) passará pelo crivo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Nesta quarta-feira (10/4), o presidente do conselho, ministro Luís Roberto Barroso, incluiu na pauta da próxima sessão, em 16 de abril, o julgamento de correição aberta contra Moro pela atuação nas instâncias judiciais que analisaram a Lava Jato.
Moro e a ex-juíza da Lava Jato Gabriela Hardt são alvos de uma representação disciplinar aberta pelo corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, em maio de 2023.
Ambos são investigados pela atuação irregular quando eram titulares na 13ª Vara Federal de Curitiba e também quando atuaram como desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
Em setembro de 2023, relatório parcial do corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, apontou que Moro e Hardt tinham realizado “gestão caótica” dos recursos concebidos por meio de acordos de delação premiada e leniência no âmbito da operação.
O relatório ainda sugere que teria ocorrido uma falta de “dever de cautela, de transparência, de imparcialidade e de prudência de magistrados”. Diz ainda ter encontrado uma série de indícios de infrações disciplinares de magistrados que atuaram nos processos da Operação Lava Jato.
O relatório final da investigação, que será submetido ao plenário do CNJ, cita supostos desmandos na destinação de valores bilionários dos acordos feitos pela Petrobras e por empreiteiras como a Odebrecht. Dessa forma, no dia 16, o CNJ vai analisar possíveis sanções administativas contra o ex-juiz e a ex-juiza da Lava Jato.
Metrópoles