Teve início oficialmente, na manhã desta quarta-feira (27/11), o cessar-fogo anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para a guerra entre Israel e o grupo Hezbollah. A medida foi divulgada na terça-feira (26/11), com o objetivo de interromper o conflito, que durava 14 meses.
O cessar-fogo começou após o dia mais pesado de ataques em Beirute, no Líbano, incluindo uma série de ataques no centro da cidade, desde que Israel intensificou a campanha aérea no país, no fim de setembro, antes de enviar tropas terrestres.
Negociações
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou o êxito nas negociações para o cessar-fogo de 60 dias, que, além dos EUA, envolveram a França. A decisão foi enviada ao gabinete de Segurança de Israel, que aprovou a proposta por 10 a 1.
Segundo o presidente norte-americano, as negociações ocorreram para projetar acordo de “cessação permanente das hostilidades” entre Israel e Hezbollah. Nos próximos 60 dias, tropas israelenses deixarão o território do Líbano.
Assim como Netanyahu, Biden alertou que o acordo será quebrado caso o grupo xiita volte a atacar Israel.
Com o cessar-fogo, segundo o premiê israelense, Israel deve focar agora a “ameaça iraniana”, a renovação do exército e o isolamento do Hamas.
O Hezbollah e o movimento político Amal emitiram diretrizes para os moradores que querem retornar às aldeias, ao sul do rio Litani — embora o exército libanês tenha informado os moradores das aldeias fronteiriças para não voltarem ainda, pois as forças israelenses não haviam se retirado.
No entanto, segundo a imprensa, os moradores começaram a retornar ao sul do Líbano, gritando e comemorando enquanto dirigiam para Tiro, a segunda maior cidade do sul do país.
Saudação do Irã
O Irã saudou nesta quarta-feira o fim da “agressão” de Israel no Líbano. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Esmaeil Baghaei, enfatizou o “firme apoio do Irã ao governo, à nação e à resistência libaneses”.
Em comentários televisionados após o gabinete de segurança israelense se reunir para votar a proposta de cessar-fogo de 60 dias, Netanyahu ressaltou que estava pronto para implementar o acordo, mas acrescentou que Israel manteria “completa liberdade de ação militar” no caso de uma violação pelo Hezbollah.
Metrópoles