Após ser acusada pelo Instituto Butantan de retardar a fabricação da vacina da farmacêutica Sinovac, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou, nessa sexta-feira (23/10), seis milhões de doses da Coronavac – desenvolvida para combater o novo coronavírus.
A aplicação da vacina de origem chinesa tem provocado uma guerra entre as autoridades nacionais, incluindo o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que é contra o uso do imunizante em território brasileiro.
A liberação da importação das doses do imunizante ocorre um dia depois da acusação do diretor-geral do Instituto Butantan, Dimas Covas, de que a agência reguladora estava travando a entrada de matéria-prima para fabricação das doses.
O Butantan, segundo o diretor, precisa dessa liberação para colocar em prática o plano de produzir 40 milhões de doses da vacina até dezembro deste ano.
A produção ocorre mesmo antes da anuência da Anvisa, para que haja rapidez na imunização assim que – e se – houver esse consentimento formal por parte da agência.
“Estou inconformado e ansioso. Uma liberação que ocorre em dois meses deixa de ser excepcional”, disse Dimas Covas. “A fábrica do Butantan já está pronta para produzir a vacina. Estamos esperando apenas a autorização para importar a matéria-prima e começar o processo”, completou.
As doses serão reservadas, uma vez que o imunizante ainda não tem registro no país e não pode ser utilizado na população. “Quanto à importação da vacina na forma de um produto intermediário, isto é, o produto não envasado, o processo segue em tratamento e aguardando informações”, informou a agência.
Metrópoles