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Antes de morrer, o ex-satanista Daniel Mastral passou por exorcismo

FOTO: REPRODUÇÃO

Daniel Mastral, que foi encontrado morto nesse domingo (4/8), na Aldeia da Serra, em Barueri, São Paulo, havia passado por um exorcismo. Ex-satanista, o escritor contou, em detalhes, durante entrevista para o canal Na Real, de Bruno Di Simone, no YouTube, porque largou a seita pagã. “Ia ter que matar uma criança”, disse.

“Eu já tinha ouvido falar disso, mas eu nunca tinha visto. Eu nunca tinha presenciado, assim, ao vivo. Eu sou incapaz de matar um bicho, um animal, um passarinho. E eu ia ter que matar uma criança”, lembrou na ocasião em que a conversa foi exibida, em fevereiro deste ano.

Mastral prosseguiu o relato lembrando de outro episódio que foi crucial para que abandonasse o satanismo de vez: “Na época, eu namorava uma moça que era evangélica, e eu fui visitar a igreja dela. Lá havia um grupo fazendo uma adoração genuína, verdadeira. Não era show, não era espetáculo. A adoração genuína me derrubou no chão, sabe? Eu perdi o controle, desmaiei. Eu perdi a minha consciência”.

Daniel frisou que se sentiu revoltado com a situação, mas que seus superiores garantiam que ele não estava preparado e que, para isso, precisaria concluir o sacrifício. Até então, o espiritualista considerou a opção do pastor em passar por algo parecido com um “exorcismo”.

“A minha namorada marcou um encontro com o pastor da igreja, porque ele queria falar comigo. Eu fiz um feitiço contra ele e fui até lá. Ele teve um problema e não foi. Marquei de novo, né? Ele teve outro problema também e não foi. Na terceira vez, eu falei com o senhor sacerdote pra me ajudar a fazer um feitiço mais robusto”, falou.

O autor do livro Filho do Fogo, lançado em três volumes, destacou que, na segunda vez, fez um feitiço pra matar o pastor e não funcionou. “O cara estava vivo. Bateu o carro, mas não sofreu um arranhão. Eu fiquei muito indignado com isso, né? E aí [os satanistas] fizeram um ritual pra acabar com ele. E aí eu fui ao encontro [do pastor] cheio de orgulho, soberba, pensando: ‘O cara não vai vir’. Esperei duas horas, quando tô indo embora, o cara chega. A sensação que eu tinha é que eu não podia tocar nele, que se eu tocasse nele, eu caía”.

E foi a partir daí que Daniel percebeu que o homem era de Deus: “Ele me chamou e falou: ‘Posso orar por você, rapidinho, uma oração? Coisa rápida’. Ele me levou no gabinete, fechou a porta e eu só lembro de uma mão vindo na minha direção. Ele orou por mim, eu caí e me debati. Foi tipo um exorcismo”.

Mastral explicou que anos mais tarde o reencontrou e soube que, naquela ocasião, a oração que seria rapidinha durou três horas. “Não é legal você ver o demônio canalizando pessoas. Eu só vi cinco vezes, eu tinha muita penalização, por aí. Não é legal de ver. Depois [do exorcismo] eu senti uma paz, uma alegria que eu nunca tinha sentido na minha vida. Eu não sabia o que era paz, não sabia o que era tranquilidade, eu desconhecia”, ressaltou.

Metrópoles

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