A apresentadora Angélica deu uma entrevista reveladora à ‘Marie Claire’. Sem papas na língua, a loira não fugiu de temas tabus como a suposta traição do marido, Luciano Huck, feminismo e o acidente envolvendo o filho Benício.
Sobre o aborto, Angélica explicou seu ponto de vista. “É complicado implantar uma lei tão polêmica no Brasil por causa da falta de educação. As pessoas não têm acesso à comida. É difícil exigir que entendam isso porque esbarra em religião e coisas profundas. Não posso dizer que sou a favor porque vou afrontar muita gente. Agora tem que criar uma lei específica para casos como estupro. A saúde também precisa ajudar. Aborto clandestino é o que mais acontece e mata gente”, disse.
Ela ainda completou: “temos que começar fazendo valer a lei, de que se a mulher foi estuprada, tem direito ao aborto. Mas acho que podia ampliar um pouco, sim. Deveríamos ter políticas de saúde melhores para que isso não precisasse acontecer. Se ela decidiu isso, não foi porque quis engravidar. Religiosamente é muito complicado, do ponto de vista energético está errado. E a mulher tem que ter o direito de escolher. Eu acho [risos]”.
Questionada se concorda com a legalização da maconha, a global foi direta: “não. Esse é outro tema que precisa de debate. Se tiver um projeto de lei provando que vai melhorar a criminalidade, falarei ‘é verdade, pode funcionar’. Em muitos países funciona, inclusive. Mas no Brasil, como está, outras coisas têm que acontecer antes”.
Sobre o feminismo, a apresentador afirmou se considerar engajada na causa. “Todas deveríamos ser (feministas). Mas tem que botar o sentido correto da palavra. O feminismo que acredito luta pelos direitos iguais, não é contra os homens. A culpa não é só deles. Nós mulheres criamos filhos machistas. A reeducação leva tempo. Às vezes tem que ser um pouco radical para que isso aconteça”, explicou.
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