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“Alicate”, líder da facção acusado de comandar “salve” no RN, é transferido para presídio federal

FOTO: DIVULGAÇÃO

José Kemps Pereira de Araújo, conhecido como “Ablon”, “Alicate” ou “Véio do Rio”, foi o líder da facção criminosa Sindicato do Crime, acusado de ordenar de dentro do presídio o “salve” que tem provocado um caos no Rio Grande do Norte. Ele foi transferido na noite desta terça-feira (14), para o Sistema Penitenciário Federal (SPF) do Distrito Federal, como medida emergencial para reduzir os ataques criminosos.

Segundo as investigações, “Alicate” continuava como mandante de crimes como homicídios e tráfico de drogas. Há suspeita de envolvimento de planos de fugas e ataques a patrimônios públicos e privados nas cidades de Natal e Mossoró.

PRISÃO EM JANEIRO

O Portal 96 detalhou, com exclusividade, quem era José Kemps Pereira de Araújo no dia 13 de janeiro, quando ele foi preso pela Polícia Federal no estado de Parnambuco. Fundador do Sindicato do Crime, José Kemps Pereira de Araújo foi preso em ação conjunta da Força-Tarefa de Segurança Pública do Rio Grande do Norte, com apoio do Serviço de Inteligência do NIAZM-2/3ªCIPM, policiais militares da Operação Malhas da Lei/3ªCIPM, Força-Tarefa/Susp/Mossoró e da Polícia Federal, que deram cumprimento a um mandado judicial de prisão expedido pela 1ª Vara Regional de Execução Penal do Tribunal de Justiça/RN.

Após detido, o acusado foi conduzido inicialmente para a Delegacia de Polícia de Goiana/PE e, após cumprida as devidas formalidades, seguiu transferido para a sede da PF em Natal/RN, onde se encontra custodiado, à disposição da Justiça.

MENSAGENS COM ADVOGADOS

Em julho do ano passado, Alicate foi citado em reportagem do Novo Notícias, com base em operação do Ministério Público do RN, que havia oferecido denúncia contra a advogada Mona Lisa Albuquerque por crimes previstos na Lei das Organizações Criminosas. À ela foram imputados os ilícitos de “integrar, promover e constituir a organização criminosa Sindicato do Crime do RN – SDC-RN”, e o de “embaraço à investigação de organização criminosa”. Além dela, também foram denunciados na mesma peça três integrantes da alta cúpula da facção, todos condenados por outros crimes, sendo dois custodiados e um foragido.

Investigada na “Operação Carteiras”, Mona Lisa é acusada de integrar a organização criminosa na função de “gravata”, uma espécie de “mensageira do crime”, como a própria denúncia sugere, que utilizando-se de prerrogativas da sua profissão, recebia e transmitia mensagens e ordens de líderes da facção custodiados no sistema prisional potiguar para faccionados que se encontram em liberdade. Entre as mensagens passadas o parquet aponta ordens de assassinatos, chamadas de “decreto”, e outras com vistas a manter a organização criminosa em funcionamento e a manutenção do poder das lideranças custodiadas.

As conversas da advogada são com líderes da facção, membros da Final e do Conselho, grupos formados pelos líderes mais respeitados dentro da hierarquia criminosa, sendo a Final, a mais alta cúpula, que tem entre os participantes, os fundadores do Sindicato do Crime do RN. Entre os membros da facção que mantinham contato com a acusada, estava José Kemps Pereira de Araújo, conhecido como “Alicate”, já citado como um dos fundadores do Sindicato do Crime do RN e que compõe a facção chamada “Final”. Na épcoa, ele estava foragido depois de romper a tornozeleira eletrônica no dia em que conseguiu progressão de regime para o semiaberto.

Portal 96 FM

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