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Além da presidência dos EUA: americanos votam sobre maconha e aborto

FOTO: AFP

As eleições dos Estados Unidos estão na reta final. Nesta terça-feira, 5 de novembro, milhões de norte-americanos vão às urnas escolher quem será o próximo presidente do país. Na ocasião, os eleitores também elegerão os novos membros do Congresso e votarão em quase 150 medidas eleitorais.

Para o Congresso, estarão em disputa 468 assentos. Os norte-americanos escolherão 33 senadores e 435 deputados, de acordo com seus estados. Também serão eleitos 11 governadores. O país é composto de 50 estados, mas nem todos fazem eleições para governador simultaneamente.

Além de escolher os seus representantes, os eleitores votam em medidas que variam de acordo com estado. Os norte-americanos devem decidir sobre quase 150 assuntos, como direito ao aborto, legalização da maconha, procedimentos de votação, migração e até questões econômicas.

Segundo o Ballot Initiative Strategy Center (Centro de Estratégia de Iniciativa Eleitoral), há 147 medidas de votação nas cédulas da próxima terça-feira em 41 estados. Dessas, 77 foram encaminhadas à votação por legisladores estaduais e 57 foram iniciadas por cidadãos.

As demais pautas a serem votadas são consideradas propostas de títulos, questões consultivas e de convenção constitucional.

Veja as principais medidas eleitorais nas cédulas

As quatro principais medidas eleitorais que serão votadas referem-se a direito ao aborto, legalização da maconha, democracia e questões econômicas.

As emendas constitucionais para expandir ou restringir o acesso ao aborto estarão na cédula de votação de 10 estados.

Arizona, Flórida, Missouri e Dakota do Sul vão votar especificamente em emendas que propõem a proteção efetiva dos direitos ao aborto até a viabilidade fetal, com o fim de anular as leis de proibição ao aborto atualmente vigentes.

Há 39 medidas a serem votadas relacionadas às eleições e à democracia em geral. Alguns estados querem criar ou reforçar restrições ao voto, e outros buscam ampliar o acesso. Por exemplo, em Idaho, Iowa, Kentucky, Missouri, Carolina do Norte, Oklahoma, Carolina do Sul e Wisconsin, eleitores vão decidir se apenas cidadãos americanos podem votar nessas localidades.

Em relação à legalização da maconha, eleitores da Flórida, Nebraska, Dakota do Norte e Dakota do Sul decidirão se autorizam a venda e o uso da droga. Hoje, em quase metade dos estados nos EUA, o uso da maconha recreativa ou medicinal é permitido.

Na Flórida, onde a maconha medicinal é permitida, os eleitores decidirão se a erva pode ser vendida em lojas autorizadas para maiores de 21 anos.

O Arizona é o único estado neste pleito que vai votar em uma medida sobre imigração. Lá, os republicanos encaminharam à votação uma política que possibilitaria o uso de banco de dados federal para verificar a elegibilidade de imigrantes para empregos. Além disso, a medida daria às forças de segurança locais autoridade para deter e deportar pessoas que cruzaram a fronteira sem documentos.

Decisões judiciais já definiram que compete ao governo federal o tema da imigração, não aos estados.

Vários estados também permitirão que os eleitores decidam sobre uma série de propostas relacionadas a questões econômicas e criminalidade.

Os cidadãos da Califórnia vão dizer se aprovam o aumento do salário mínimo para US$ 18 por hora. No Alasca e em Missouri, a população deve decidir se o salário mínimo será US$ 15 por hora.

Também na Califórnia, os eleitores determinarão o destino de uma medida que propõe o aumento das penas para crimes relacionados às drogas.

Metrópoles

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