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Álcool no sangue de casal morto em motel poderia causar coma, revela laudo da perícia

FOTO: REPRODUÇÃO

As últimas horas do casal morto em motel de São José, na Grande Florianópolis, foram regadas a álcool e drogas, concluiu o inquérito policial divulgado nesta quarta-feira (1º) pela Polícia Civil de Santa Catarina.

Jefferson Luiz Sagaz, de 37 anos, e Ana Carolina Silva, de 41, foram encontrados dentro da banheira do motel Dallas, no dia 11 de agosto. Ao todo, foram 16 laudos periciais realizados ao longo dos 50 dias de investigação.

O resultado da necropsia, divulgado quatro dias após o encontro dos corpos, concluiu que a causa das mortes foi inconclusiva. Na época, os mistérios sobre o casal morto em motel fez com que a Polícia Civil não descartasse a hipótese de homicídio.

Os exames apontaram a “inexistência de traumas por ação mecânica e alta temperatura dos órgãos internos”. A partir do resultado, foram solicitados exames complementares (toxicológico) para entender o que aconteceu com o policial militar e a empresária antes dos óbitos.

O que dizem os laudos complementares?

Segundo a perita-geral da Polícia Científica, Andressa Fronza, os laudos concluíram que o horário da morte do casal foi muito próximo e que a causa foi a mesma.

“Foi encontrada uma alta concentração de cocaína, etanol e metabólitos, que se formam por conta da união do álcool com a droga, além da imersão na água aquecida, que culminou na morte”, disse a perita-geral da Polícia Científica, Andressa Fronza, em coletiva de imprensa.

A combinação fez com que Jefferson e Ana Carolina sofressem uma intoxicação exógena, situação provocada pela exposição a um conjunto de substâncias químicas — como agrotóxicos, medicamentos, produtos de uso doméstico, produtos químicos de uso industrial, drogas, alimentos e bebidas.

Durante a coletiva de imprensa, foi revelado que os níveis de álcool no sangue do casal morto em motel era quase três vezes maior do que o limite usado para autuações em casos de embriaguez ao volante. No corpo da empresária, foram encontrados 18,14 decigramas por litro de sangue. Em casos de embriaguez ao volante, o limite é 6. No corpo do militar, foram encontrados 16,4.

“Em 3 decigramas [de etanol por litro de sangue] já é um risco considerado letal. Em 5 já é considerado coma em pessoas que não tem o hábito de beber”, disse o diretor de Medicina Legal da Polícia Científica, Fernando Oliva da Fonseca. Segundo o especialista, essa média pode variar conforme a frequência em que a pessoa ingere bebida alcoólica.

Como foram as últimas horas do casal morto em motel?

As investigações da Polícia Civil refizeram os últimos passos de Jefferson e Ana Carolina para tentar entender o que teriam feito naquele dia e o que teriam, eventualmente, consumido.

O casal iniciou as comemorações do Dia dos Pais, celebrado este ano no dia 10 de agosto, às 10h. O casal tinha uma filha, de 4 anos, que foi deixada com parentes naquela noite.

O evento foi realizado no bairro Capoeiras, em Florianópolis. “O casal teria passado o dia ingerindo bebida alcoólica”, disse o delegado de Homicídios de São José, Felipe Simão.

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