
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, negou nesta segunda-feira (14) que o governo brasileiro tenha solicitado aos Estados Unidos a redução da tarifa de 50% anunciada sobre produtos importados do Brasil.
Alckmin também refutou qualquer pedido de prorrogação do prazo para o início da medida, previsto para 1º de agosto.
“Não tem procedência. O governo não pediu prorrogação de prazo e não fez nenhuma proposta sobre alíquota, sobre percentual”, afirmou o vice-presidente.
Alckmin defendeu que qualquer ação governamental deve, antes de tudo, levar em consideração a posição do setor produtivo brasileiro.
“O que estamos fazendo é ouvindo os setores mais envolvidos, para o setor privado participar e se mobilizar com seus parceiros nos Estados Unidos”, destacou.
Diante do impasse comercial, o governo federal anunciou a criação de um comitê interministerial para elaborar uma resposta estratégica à medida imposta pelos EUA.
A decisão foi tomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e terá a coordenação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, com apoio da Fazenda, Casa Civil, Itamaraty e Secretaria de Relações Institucionais.
O grupo terá como missão não apenas pensar em mecanismos de diálogo diplomático com os Estados Unidos, mas também desenvolver estratégias para mitigar os efeitos econômicos da tarifa, inclusive com a possibilidade de buscar novos mercados internacionais para os produtos brasileiros atingidos.
A primeira reunião do comitê está marcada para esta terça-feira (15) e será dividida em dois blocos. O primeiro encontro, às 10h, reunirá representantes da indústria nacional, com foco nos segmentos de aviação, aço, alumínio, celulose e máquinas. Já no período da tarde, às 14h, será a vez do agronegócio, com participação de setores como suco de laranja, carnes, frutas, mel, couro e pescado.
Diário do Poder

