
Recentemente, a Justiça argentina colocou o ex-presidente Alberto Fernández no centro das atenções ao indiciá-lo por um suposto caso de violência de gênero contra sua ex-esposa, Fabiola Yañez. O indiciamento nesta segunda-feira (17/2) marca uma reviravolta significativa para Fernández, que liderou a Argentina entre 2019 e 2023. As alegações surgiram inicialmente em agosto de 2024, trazendo à tona questões delicadas e complexas.
De acordo com a investigação, Fernández é acusado de ter agredido e ameaçado Yañez durante seu mandato presidencial em 2021. As revelações foram impulsionadas por mensagens de texto vazadas para a imprensa, gerando intensa cobertura midiática e debates públicos sobre a conduta do ex-presidente. A ex-esposa também aponta como uma questão importante a coerção, alegando que Fernández tentou impedir que os incidentes fossem denunciados.
O caso está sendo conduzido sob a supervisão do juiz Julián Ercolini, que tomou medidas significativas ao ordenar o congelamento de aproximadamente dez milhões de pesos argentinos de ativos pertencentes a Fernández. A cifra congelada serve não apenas como uma garantia legal, mas também como um indicativo da seriedade das acusações.
Fernández, que se declarou inocente durante um depoimento em 4 de fevereiro, enfrenta agora a possibilidade de uma pena severa, com uma sentença que pode chegar a 18 anos de prisão se for condenado pelas acusações de violência e coerção. Durante seu depoimento, ele afirmou que tinha sido ele próprio vítima de agressões por parte de Yañez, acrescentando outra camada de complexidade ao caso.
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