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Acusação contra Bolsonaro é mais grave que a feita contra Dilma, diz Major Olimpio

FOTO: DIVULGAÇÃO/AGÊNCIA SENADO

O líder do PSL no Senado, Major Olimpio (SP), gostava de se autodeclarar um “bolsomorista” em alusão à sua fidelidade ao presidente Jair Bolsonaro e ao então ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública). Nos últimos meses, afastou-se de Bolsonaro após entrar em atrito com os três filhos mais velhos dele.

Para o senador, Moro sai maior do que entrou no governo, no embalo do seu trabalho à frente da Operação Lava Jato na Justiça Federal em Curitiba, e vira um nome ainda mais forte para uma eventual disputa presidencial em 2022. Já Bolsonaro, segundo ele, fica menor.

“O presidente se sentiu incomodado com o excesso de visibilidade e credibilidade do Sergio Moro. Isso fez com que houvesse ao longo do tempo alguns atritos. Moro chutou o pé da barraca com os paus caindo em cima dele também. Fez acusações bastante contundentes. No aspecto político é um estrago danado para o governo”, disse o parlamentar ao Congresso em Foco.

Na avaliação do senador, com a saída de Moro, Bolsonaro jogou por terra os pilares de sustentação de seu governo. Ainda assim, ele diz não ver “ânimo” entre os parlamentares, sobretudo no PT, para levar adiante um processo de impeachment contra o presidente. Para Olimpio, as denúncias feitas pelo ex-ministro contra o presidente da República são mais graves do que as que resultaram no impeachment da ex-presidente Dilma. Ele ressalta que o crime imputado a Dilma, as pedaladas fiscais, foram apenas um pretexto político para tirar a petista do poder.

“A qualquer momento, se você pegar preto no branco, o impeachment é um processo político. Não é criminal. Se você pegasse seis meses antes do impeachment da Dilma e falasse que ela ia ser impedida, ninguém acreditaria. Pedalada fiscal todos os presidentes fizeram de uma forma ou de outra. Governadores também estão cansados de fazer. Quando houve a ruptura em que o PT e ela disseram para o Eduardo Cunha que ele ia se ferrar sozinho, ele deu andamento à admissibilidade do processo. A partir daí foi questão de tempo”, afirmou. “Se for ver a gravidade de fatos, a possiblidade de materialização de conjunto probatório, é muito difícil. Se você tiver ânimo geral… Mas não consigo sentir esse ânimo ainda”, acrescentou.

Congresso em Foco

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