Uma pesquisa feita pelo instituto Datafolha e divulgada na manhã desta segunda-feira (21), mostra que 36% das famílias que receberam ao menos uma parcela do auxílio emergencial, tem o benefício como única fonte de renda. O número, no entanto, teve queda em relação à última pesquisa, realizada em agosto, que apontava 44% dos beneficiários como dependentes do auxílio.
O estudo aponta que a queda da dependência se deve a diminuição do valor das parcelas pela metade e a retomada econômica, que fez muitos usuários buscarem alternativas para aumentar as rendas.
Para 75% das famílias, a redução do valor do auxílio de R$ 600 para R$ 300, provocou o recuo nas compras de alimentos. Já 65% cortaram despesas com remédios, enquanto 57% diminuíram as despesas de energia e água, e 55% deixaram de pagar as contas de casa.
O benefício será extinto no fim deste mês. O presidente Jair Bolsonaro informou que não irá prorrogar o auxílio emergencial. Entretanto, há um projeto no Senado para estender as parcelas até março de 2021.
O Datafolha ouviu 2.016 pessoas, por telefone, entre os dias 8 e 10 de dezembro.
iG