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Categoria: maio 11, 2020

Rogério Marinho pede R$ 8 bilhões em obras e emendas em 2020 e incomoda Paulo Guedes

FOTO: AGÊNCIA BRASIL

O ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) negocia no governo a liberação de pelo menos R$ 8 bilhões neste ano para obras públicas a serem executadas por diferentes órgãos ligados a sua pasta.

Parte desse valor pode ser concedido por meio de emendas parlamentares, e ficar até mesmo fora do teto de gastos.

A movimentação de Marinho por mais recursos públicos gerou incômodo do ministro Paulo Guedes (Economia), que tem criticado a tentativa de se usar o Tesouro para ações não ligadas diretamente à pandemia do coronavírus.

Marinho, por outro lado, comunicou que tem respaldo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para planejar gastos públicos.

A justificativa é tentar reaquecer a atividade e gerar empregos no pós-Covid.

“Se existirem divergências [com Guedes], são de visões de Estado ou algo parecido. Nada pessoal”, disse Marinho há duas semanas.

O plano de obras e ações do MDR (Ministério do Desenvolvimento Regional) depende, porém, de um acordo com o Ministério da Economia, que decidirá sobre o repasse a Marinho pelos chamados créditos adicionais.

Os R$ 8 bilhões solicitados seriam repartidos entre as secretarias da pasta do Desenvolvimento Regional. Uma parte iria, por exemplo, para a reformulação do Minha Casa Minha Vida.

Em um dos pedidos feitos por Marinho, um repasse de R$ 2,4 bilhões atenderia até emendas de parlamentares – cerca de R$ 83 milhões. Emenda é uma forma de um congressista destinar dinheiro federal para uma obra em sua base eleitoral, ganhando assim capital políico.

O governo de Bolsonaro tem se aproximado de partidos do centrão – grupo independente e que representa boa parte do Legislativo – num movimento de buscar apoio político num momento de crise econômica e política.

O ministério de Marinho reúne órgãos tradicionalmente usados para agradar o centrão com cargos.

Nesta solicitação de R$ 2,4 bilhões, a SNSH (Secretaria Nacional de Segurança Hídrica) seria a maior beneficiária, com R$ 1,6 bilhão, para programações como construção de barragens e adutoras.

Três ações emergenciais são ligadas ao programa de integração do rio São Francisco (Eixo Norte, Ramal do Agreste Pernambucano e a Adutora do Agreste de Pernambuco).

Outra a receber recursos é a SNS (Secretaria Nacional de Saneamento), para a qual Marinho pede R$ 582 milhões e R$ 8,6 milhões em emenda parlamentar. Nesse caso, o MDR alega querer evitar a paralisação de 94 obras pois as dotações orçamentárias do ano não serão suficientes.

Também há pedidos para SDRU (Secretaria Nacional de Desenvolvimento Regional e Urbano), Semob (Secretaria Nacional de Mobilidade e Serviços Urbanos), Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), Sudeco (Superintendência do Desenvolvimento do Centro- Oeste), Trensurb (Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre) e FNHIS (Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social).

A aposta de Marinho para a retomada da economia brasileira após a pandemia é por meio de obras financiadas com dinheiro público. Mas Guedes pensa de outra forma: quer que os investimentos venham de empresas privadas, confiantes do crescimento do país baseado inclusive no controle de despesas públicas.

Outra discussão é como, tecnicamente, os pedidos do Ministério do Desenvolvimento Regional (R$ 8 bilhões) seriam classificados.

Se forem repassados por meio de crédito extraordinário, não ficam limitados ao teto de gastos –regra de controle fiscal para evitar a alta de despesas além da inflação e defendida por Guedes.

Mas a ferramenta (crédito extraordinário) só pode ser usada para atender despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública.

Especialistas em contas públicas ouvidos pela reportagem alertam para os riscos de o governo seguir com essa opção.

“Usar crédito extraordinário para investimentos não me parece correto, pois não estariam diretamente ligados à pandemia”, diz o economista Daniel Veloso Couri, diretor da Instituição Fiscal Independente (IFI, órgão do Senado que monitora as contas públicas).

O diretor-executivo da IFI, Felipe Salto, concorda com o colega e acha que a possibilidade, somada ao atual contexto de flexibilização das metas fiscais e do nível de endividamento, acende um “sinal amarelo”.

“É preciso que isso [crédito extraordinário] nÃo transborde para ações não ligadas ao combate à Covid-19 e a seus efeitos sobre a renda e o emprego do trabalhador mais pobre”, afirma.

“Em 2021, temos um país para administrar e suas contas não podem estar em frangalhos. O essencial é que o espírito da LRF [Lei de Responsabilidade Fiscal] e o teto seja preservado”, diz Salto. “O quadro fiscal de médio prazo é muito preocupante”, afirma.

Membros de órgãos de controle, que preferem não serem identificados por poderem julgar processos relacionados, concordam com a preocupação.

Eles chamam atenção ao fato de o Orçamento de guerra, que suspende regras fiscais para gastos com a calamidade, estende sua aplicação a suas consequências “sociais e econômicas” (definição que daria margem a uma ampla gama de medidas).

No MDR, é ressaltado que a pasta só faz o pedido e a forma de destinação é decidida pela Economia.

O TCU (Tribunal de Contas da União) se movimenta para monitorar os gastos.

O ministro Raimundo Carreiro pediu ao governo mecanismos para identificar com precisão as despesas relacionadas ao enfrentamento dos efeitos da pandemia e a correta segregação do Orçamento regular.

Ele ainda ressaltou à Casa Civil que os gastos do Orçamento de guerra devem ser reservados para contextos extremos, apenas para despesas destinadas ao combate à crise.

Guedes vem criticando publicamente o movimento de acelerar gastos da União, mesmo sem citar o nome de Marinho ou de outro membro do governo.

Nesta semana, Guedes estava ao lado de Bolsonaro quando protestou contra a votação no Congresso que permitiu aumento de salário para certos servidores. Guedes era contra o aumento, mas, segundo a própria liderança do governo, a inserção do trecho teve apoio do presidente da República.

“A hora em que o país tem uma crise dessa, que sacrifício podemos fazer? Não é aproveitar que o gigante [Brasil] caiu e ver o que podemos tirar dele, essa não é a atitude correta. A pergunta é o quanto podemos contribuir, não o quanto podemos tirar”, afirmou em visita ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Na semana passada, Guedes também havia feito críticas à expansão de gastos em meio à crise daquela vez direcionadas a “um ministro ou outro”.

“Seria muito oportunismo político, muita irresponsabilidade fiscal, seria imperdoável para a população brasileira se aproveitássemos uma crise na saúde para transformar seja em uma farra eleitoral, seja em um protagonismo excessivo de um ou outro ministro que queira, para se engrandecer, colocar em risco o governo do presidente”, disse.

Os prognósticos de Guedes para a economia brasileira são de uma forte recessão em 2020 e a equipe econômica já projeta um endividamento público acima de 90% do PIB neste ano com o aumento do déficit.

A agência Fitch colocou a nota brasileira em perspectiva negativa em meio à crise política e à piora fiscal. Investidores internacionais têm evitado o Brasil e outros mercados emergentes. O dólar vem alcançando patamares nominais recordes e fechou na sexta (8) a R$ 5,74. “Não queremos o risco de virar a Venezuela”, disse Guedes.

Folha de S. Paulo

Taxa de isolamento social no RN chega a 39% no fim de semana

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O Rio Grande do Norte tem o pior índice de cumprimento do isolamento social entre os estados do Nordeste. No Brasil, o estado potiguar ocupa a 5ª posição entre os que menos têm adotado as medidas do afastamento, que são utilizadas para reduzir o avanço da pandemia do novo coronavírus.

O levantamento é realizado pela empresa de tecnologia In Loco, que tem feito um acompanhamento nacional sobre o assunto, com base em dados de 60 milhões de brasileiros, usuários de vários aplicativos de smartphones.

Segundo o estudo, neste sábado (9) o índice do RN na escala de cumprimento das medidas de isolamento era de 39,6%. A pior taxa do Brasil foi a de Goiás: 37,45%. No domingo (10), o índice potiguar chegou a 43%, contudo continuou nas mesma posições nas tabelas regional e nacional, porque os demais estados também cresceram alguns pontos percentuais.

G1RN

Depois de zerar casos da Covid-19, Fernando de Noronha encerra ‘lockdown’

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Após a cura de 28 pacientes e da não reincidência de casos da Covid-19 na ilha de Fernando de Noronha, a quarentena absoluta dos moradores foi encerrada neste domingo (10). O chamado “lockdown” tinha sido implementado pelo governo estadual em 20 de abril. Desde que passou a vigorar, as pessoas só poderiam sair de casa para realizar serviços essenciais.

Mesmo com o fim da quarentena obrigatória, o arquipélago continua adotando medidas restritivas. Bares, pousadas e restaurantes, por exemplo, permanecem fechados. Funcionam apenas os serviços essenciais.

O aeroporto não está operando na sua normalidade. Desde o dia 21 de março, só estão autorizados voos para socorro médico e situações excepcionais definidas pelas autoridades sanitárias.

Desde o dia 5 de abril, é proibida a entrada e saída de pessoas em Fernando de Noronha. A medida engloba turistas e moradores, sejam eles permanentes ou temporários. O governo estadual deve publicar informações mais detalhadas nesta segunda-feira (11) sobre as ações de flexibilização na ilha.

Diário de Pernambuco

Comissão do Coronavírus: Secretário de Saúde diz que projeções de mortes no RN salvaram vidas

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A Comissão de Enfrentamento ao Coronavírus da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte voltou a se reunir nesta segunda-feira (11), em mais um encontro por webconferência com o secretário estadual de Saúde Pública (Sesap), Cipriano Maia. O auxiliar da governadora Fátima Bezerra (PT) apresentou um levantamento das ações realizadas até agora pelo Executivo, disse que o hospital de campanha ainda pode ser necessário e defendeu a credibilidade das projeções apresentadas alertando para a possibilidade de mortes causadas pela Covid-19 neste mês no RN.

“Está sendo feito um uso distorcido de uma projeção. Assim como tem previsão do tempo, que nem sempre se confirma. Foram projetados números em cenários diferentes, dependendo do comportamento da população para mostrar possíveis surtos a sociedade. Era uma projeção. Felizmente boa parte da população aderiu ao nosso pleito pelo isolamento. Estamos tendo relativo sucesso, deveríamos comemorar e não condenar quem tem agido com responsabilidade. A gente deveria era pensar que bom que alertamos e contribuímos para evitar mortes. Não usando o debate para fazer política partidária, isso não contribui com o enfrentamento a pandemia”, disse Cipriano Maia.

A projeção questionada e defendida por Cipriano foi divulgada pela Sesap no início de abril. No estudo, a previsão era de se chegar ao dia 15 de maio com mais de 11 mil mortes no RN, com uma estimativa de isolamento social de aproximadamente 42% da população. Nesta segunda-feira (11), o RN passou a somar 90 óbitos pelo coronavírus. O secretário revelou que estudos semelhantes são feitos em diversas cidades do planeta. “O que apresentamos aqui foi aplicado no mundo todo. Não houve irresponsabilidade, nem erro. Foram cenários que felizmente não se realizaram. Mostramos que dependia de nós, por isso Governo tomou iniciativa para adotar medidas de proteção. Felizmente, tivemos sucesso”, completou.

Ao ser questionado se havia alguma previsão para reabertura do comércio na cidade, Cipriano disse que nesse momento não era possível apontar uma data. “Hoje temos um cenário de leitos praticamente todos ocupados e com fila de espera. Não temos ainda queda de taxa na incidência dos casos”, completou. Cipriano afirmou que a expectativa do Governo é que com a política de isolamento e de proteção da população, seja possível abreviar a quarentena e permitir a abertura das atividades econômicas o mais breve possível.

Sobre o hospital de campanha, Cipriano disse que a sua montagem foi inviabilizada pela não apresentação de propostas adequadas a necessidade do Estado, com a inclusão, por exemplo, de respiradores suficientes. “Mas vamos retomar essa discussão dependendo da pressão por leitos que vier a acontecer”, revelou. Conforme o secretário, a semana se iniciou em Natal com 35 pacientes na fila de espera por um leito, sendo 8 em situação crítica – que precisam de UTIs.

Segundo Cipriano, o RN já ativou desde o início da pandemia 124 leitos para pacientes com Covid-19, espalhados nas várias regiões do Estado. Além disso, a Sesap trabalha com a expectativa de ampliar este número. Já foram anunciados mais 20 leitos em Natal e 10 em Macaíba, contratados juntos a empresa vencedora de licitação. E no Giselda Trigueiro, uma enfermaria inteira será transferida para o Hospital Onofre Lopes, permitindo que mais pacientes sejam hospitalizados na unidade.

Presidente da Comissão, o deputado Kelps Lima (SDD) alertou que as projeções feitas pela Sesap – que apontaram 11 mil mortes em maio – atingiram a credibilidade do governo. “A Secretaria não deveria ter divulgado esse número de 11 mil mortes. A secretaria errou, não só pelo número ser absolutamente longe de qualquer concretude, mas porque vai perdendo credibilidade de um governo que está se perdendo dia após dia. A comunicação passada para a sociedade é que iriam morrer 11 mil pessoas. E se foram feitas por grupo de cientistas que orientam a governadora, minam completamente a credibilidade deles para o debate que se avizinha agora que é abrir ou não o comércio. E dizer para uma pessoa ficar em casa desempregada, ou para o pequeno comerciante fechar sua loja, precisa de muita credibilidade”, alertou.

A projeção de mortes feita pelo Governo do RN também foi criticada pelo deputado estadual Gustavo Carvalho (PSDB), que participou da reunião desta segunda. Já o deputado Francisco do PT destacou o trabalho realizado pelo Governo do Estado no enfrentamento ao coronavírus até agora, e ressaltou a dificuldade de adotar as medidas corretas diante do total desconhecimento em torno da doença.

O deputado Getúlio Rêgo (DEM), abordou a importância do debate em torno dos consórcios intermunicipais de saúde. Tomba Farias (PSDB) enfatizou os recursos federais que estão sendo enviados para o Estado, e cobrou mais ações voltadas para a saúde pública da região do Trairi.

Sandro Pimentel quer CPI para investigar irregularidades apontadas por Auditoria da Arena das Dunas

FOTO: DIVULGAÇÃO

Nessa segunda-feira (11), foi divulgado o relatório final da Auditoria da Arena das Dunas. O trabalho, que teve início após solicitação do Deputado Estadual Sandro Pimentel (PSOL), foi realizado pela Controladoria-Geral do Estado do RN (Control) em parceria com o mandato do parlamentar e revelou diversas irregularidades no cumprimento do contrato firmado entre o Governo do Rio Grande do Norte e o consórcio Arena das Dunas Concessão e Eventos S/A.

A Auditoria comprovou que o Estado deixou de receber, entre Outubro de 2014 e Julho de 2019, cerca de R$ 16,3 milhões em repasses da receita líquida dos eventos realizados na Arena. Segundo o contrato, a receita obtida com os eventos deve ser repartida igualmente entre a Concessionária e o Governo do RN. No período citado, Estado só recebeu cerca de R$ 1,5 milhão por eventos realizados na Arena.

Outro ponto analisado diz respeito ao pagamento do empréstimo contraído junto ao BNDES para a construção do estádio. Segundo o que foi revelado pela Control, a Arena das Dunas, até Outubro de 2019, havia pago o montante de R$ 517.483,196,95 referente ao seu financiamento. Mas, o governo do RN, no mesmo período, já havia repassado para a Arena R$ 626.671.272,93 referentes somente à parcela fixa. Isso demonstra que 109.188.102,98 foram pagos a mais.

A auditoria recomenda suspensão da parcela fixa paga ao consórcio até que esse valor, de mais de R$ 109 milhões, seja descontado do que o governo do RN ainda deve pagar ao consórcio. Caso todas as recomendações propostas pela Auditoria sejam cumpridas, a previsão é de que haja uma economia de mais de R$ 421 milhões até o final do contrato.

O Deputado Estadual Sandro Pimentel irá entrar com pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, com o objetivo de aprofundar a investigação a partir dos dados levantados pela Auditoria.

“O trabalho feito pela Auditoria foi excelente! Temos dados que mostram que houve diversas irregularidades na execução dos contratos de construção e gestão da Arena das Dunas. Mas é importante lembrar que essas inconsistências não acontecem sozinhas, elas foram operadas por pessoas. Agora, além da luta para garantir que as recomendações da Auditoria sejam concretizadas, também é preciso dar prosseguimento a uma investigação para encontrar os responsáveis e nos debruçarmos mais detalhadamente nos aspectos contábeis que não puderam ser analisados na Auditoria. Por isso irei dar entrada no pedido de CPI da Assembleia Legislativa do RN, para seguir cumprindo a prerrogativa de fiscalização que é uma das funções do parlamento”, afirmou Sandro.

A solicitação da CPI será feita ainda essa semana. Para que ela seja instalada, é necessário que 8 deputados assinem o requerimento ou aprovação do pedido em sessão – lembrando que as sessões ordinárias da ALRN estão acontecendo de forma virtual por conta da pandemia. 

COVID: Prefeitura do Natal autoriza contratação temporária de profissionais da Saúde

FOTO: REPRODUÇÃO/FACEBOOK

Em virtude do cancelamento do contrato com a empresa para terceirização de mão de obra destinada aos trabalhos no combate à Covid 19, a Prefeitura do Natal esclarece que, para não paralisar o Hospital de Campanha, e, tendo em vista a gravidade da situação, resolveu adotar a contratação direta temporária dos funcionários que trabalharão naquela unidade de saúde. 

Diante da expansão no número de casos da Covid 19 na cidade, foi publicado decreto em edição extra do Diário Oficial do Município do dia 10/05/2020 autorizando a contratação temporária de pessoal pela Secretaria Municipal de Saúde. O objetivo é completar o quadro técnico que irá atuar no enfrentamento da pandemia, para se obter maior agilidade na contratação e aproveitamento dos profissionais que já foram capacitados para o trabalho no Hospital de Campanha de Natal.

Os médicos já estão contratados via Cooperativa Médica e, junto com as equipes de urgência e emergência, estão trabalhando e definindo protocolos de atendimento.

O decreto autoriza também a abertura de Processo Seletivo de caráter emergencial para atender necessidade de excepcional interesse público e garantir o funcionamento do Hospital de Campanha, Hospital Municipal de Natal, Hospital dos Pescadores e Hospital Infantil. O processo será destinado ao provimento temporário de vagas e formação de cadastro de reserva, a serem convocados de acordo com a necessidade do serviço.

As vagas a serem preenchidas serão para Nível superior: enfermeiro, fisioterapeuta, farmacêutico, farmacêutico bioquímico, nutricionista, assistente social, psicólogo e engenheiro clínico; e nível médio: técnico em enfermagem, técnico em radiologia, técnico de laboratório e auxiliar de farmácia.

Fila de espera por leitos para tratamento da Covid-19 no RN tem 32 pessoas, diz secretário

FOTO: SANDRO MENEZES

A fila de espera por leitos de enfermaria, semi-intensivo ou de UTI no Rio Grande do Norte já conta com 32 pessoas, na manhã desta segunda-feira (11), de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap). Isso significa dizer que o estado está superlotado, mas não entrou em colapso, segundo o adjunto da pasta, Petrônio Spinelli.

Spinelli explica que o quadro da saúde no RN será considerado “em colapso” quando um paciente com a Covid-19 – que precise de respirador – não puder ser atendido. “Quando chega paciente em pronto-socorro e não tem mais respirador aí é colapso porque a mortalidade nessa hora vai aumentar demais”, detalha.

As 32 pessoas na fila de espera passaram por Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) ou hospitais no interior do estado, que são responsáveis por solicitar as internações junto à rede estadual. São nestas unidades que os pacientes passam por uma triagem, que determina o nível de gravidade e consequentemente o grau de prioridade de atendimento.

Deste grupo de 32 pessoas, duas são consideradas “prioridade 1” (muito grave) e outras oito se encaixam na “prioridade 2” (grave). Os demais são pessoas que aguardam leitos de enfermaria. “Esses dez casos precisavam estar em hospitais, UTIs ou em leito semi-crítico. Essa demanda que está vindo da regulação de pacientes que estão em UPAs ou hospitais é o sinalizador mais importante hoje para ver a gravidade dos casos”, afirma Petrônio Spinelli.

“Os pacientes que são internados em UTIs ficam nos leitos por pelo menos 14 dias. Isso significa dizer que amanhã quase todos que estão entubados vão continuar internados e vão chegar novos. Aí é que se aproxima o colapso”

Leitos da Covid-19

O Rio Grande do Norte tem capacidade para atender pacientes com a Covid-19 em estado grave em quatro regiões: Mossoró, Natal, Pau dos Ferros e Caicó. Nas quatro unidades, 12 leitos com respiradores estão vazios, mas a princípio não podem receber nenhuma das pessoas que compõem a fila de 32 pacientes que aguardam internação.

Isso porque a internação depende de uma série de critérios definidos pela regulação médica e nem sempre o encaminhamento via Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) é viável, devido ao longo trajeto entre as cidades.

“Objetivamente, a regulação criteriza esses pacientes que estão sob assistência em UPAs sendo tratados e alguns estão com respiradores. Então esses pacientes são regulados e é preparada a condição do leito pelo critério de mais gravidade e aí é acionado o Samu para poder encaminhar esse paciente. Isso nem sempre acontece de forma tão rápida porque o Samu está extremamente demandado e esses são pacientes graves que não podem ser transferidos por qualquer ambulância. É uma situação temporal e também de localização”, explica Petrônio Spinelli.

G1RN

Parque no Vale das Cascatas é cancelado pelo Idema por falta de recursos financeiros

FOTO: RAFAEL NICÁCIO

O projeto do Parque Urbano no Vale das Cascatas, mais conhecido com Bosque dos Pinheiros, foi cancelado pelo Instituto de Defesa do Meio Ambiente em Natal (Idema), responsável pelo espaço localizado na zona Sul de Natal, por falta de recursos financeiros para execução da obra estimada em R$ 10 milhões.

Segundo o Idema, o plano plurianual do órgão não definiu orçamento para o projeto, pois teve queda na arrecadação e a parceria com as secretarias de Turismo (SETURN) e de Infraestrutura (SIN) do estado não foi viabilizada.

O projeto inicial arquitetava quatro quadras de areia para prática de esportes como vôlei, futevôlei, futebol e handebol, além de espaço para piquenique, pistas de skate e patins, academia pública e pista de cooper, e foi desenvolvido pela arquiteta e ex-aluna da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Érica Mendes, durante o seu trabalho de conclusão de curso em 2014.

O recuo no projeto foi adotado pela gestão atual do Idema, iniciada em janeiro de 2019, que considerou possíveis variáveis da obras, como verba extra e contratações adicionais.

A área de 30 mil metros quadrado chegou a ser cercada com tapumes em junho de 2017, mas após alguns dias a obra foi parada, porque a empresa vencedora do processo licitatório sofreu questionamento em ação judicial da empresa segunda colocada. Diante do cenário, o Idema pediu distrato à empresa licitada e foi acatada.

A empresa que ficou em primeiro lugar tinha dado prazo de 10 meses para conclusão do serviço no local, que fica próximo a área verde do Parque das Dunas, na Via Costeira.

A expectativa do instituto é desenvolver um esboço que caiba no orçamento da instituição, mas não há previsão para execução de projeto no espaço, que foi cedido pela Companhia de de Processamento de Dados do Rio Grande do Norte (Datanorte) em 2017.