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Wober Junior: Mudanças eleitorais exigem que partidos se reinventem

A crise política e ética que o País mergulhou com os 13 anos de governos lulupetistas  e a proliferação de legendas políticas descompromissadas com a democracia exigem mudanças na legislação eleitoral para fortalecer a democracia, aumentar o nível de representatividade e modernizar o Estado brasileiro.

Neste sentido, o Congresso Nacional deu um pequeno passo na última quarta-feira (20) ao aprovar a PEC 282/16 (veja aqui) que trata, dentre outros temas, das coligações partidárias e cláusula de barreira. Ao analisar a aprovação do texto, o secretário-geral do PPS, Wober Junior, considerou a proposta como um “avanço significativo” e afirmou que as regras vão obrigar que os partidos se “reinventem”.

“É preciso intensificar o trabalho partidário. A relação entre sociedade e partidos começou a mudar com essa pequena alteração. Os partidos precisam agora voltar para si e para a sociedade. Tem que se fortalecer e defender suas ideias. Ideias novas, avançadas, reformistas e transformadoras e entender essa nova linguagem do tempo real. Nós estamos muito atrasados: um País privatizado com corporações privadas com o único objetivo de assaltar o Estado. O Brasil hoje é um monstro que precisa ser democratizado de fato e diminuído o seu tamanho. Os partidos precisam entender essa nova lógica, porque se não entender ficará sem representatividade”, avaliou.

Aprofundar a reforma política

Wober Junior defendeu que os parlamentares eleitos na próxima eleição aprofundem o debate da reforma política. Ele destacou que os partidos precisam se “reinventar”.

“Com a bancada [no Congresso] renovada é preciso aprofundar a reforma [política]. É preciso melhorar a relação da sociedade e o Estado por meio da representação política e  não só partidária. A forma com que os partidos foram criados no século 18 não se sustenta mais. É preciso se reinventar e criar novas narrativas para conquista a sociedade. Partidos herméticos, duros e centralizados não mais representam o deseja da sociedade”, afirmou.

Custo das campanhas

O dirigente ressaltou que a sociedade precisará debater o financiamento de campanhas eleitorais, mas defendeu a necessidade de reduzir o custo eleitoral.

“A campanha tem custo. O que queremos é baixar o custo das campanhas, mas elas precisam ser operacionalizadas de alguma forma, seja por meio de doações dos cidadãos, públicas ou de empresas. Todos esses modelos [público, privado e misto] já foram adotados mundo afora. A sociedade e a política precisam encontrar uma solução para arcar com esse custo [das campanhas] e fazer isso com a maior transparência”, defendeu Wober.

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