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“Vou tirar o Itamaraty da penúria”, diz Serra ao assumir ministério

À esquerda, José Serra (PSDB-SP), novo ministro das Relações Exteriores, e o presidente interino Michel Temer (PMDB-SP)

À ESQUERDA, JOSÉ SERRA (PSDB-SP), NOVO MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES, E O PRESIDENTE INTERINO MICHEL TEMER (PMDB-SP)

O chanceler José Serra afirmou nesta quarta-feira (18) que irá tirar o Ministério das Relações Exteriores da “penúria de recursos”, em discurso durante cerimônia de transmissão de cargo, em Brasília.

“Quero retirar o Itamaraty gradativamente da penúria de recursos em que foi deixado pela irresponsabilidade fiscal que dominou a economia brasileira nesta última década”, disse Serra.

“A casa será reforçada e não enfraquecida. E no governo do presidente Temer, o Itamaraty volta ao núcleo central do governo”, acrescentou.

Em seu pronunciamento, o novo ministro apresentou as dez diretrizes que serão sua prioridade, como parcerias comerciais com Argentina e México, o fortalecimento do Mercosul, o trabalho conjunto com outros ministérios, como Justiça e Fazenda, para reforçar a segurança nas fronteiras, “hoje lugar do desenvolvimento do crime organizado no Brasil”.

“Nos empenharemos em mobilizar a cooperação de nossos países vizinhos para uma ação conjunta contra essas práticas criminosas.”

“Quero valorizar a carreira diplomática, assim como as demais carreiras do serviço exterior. Respeitar o critério do mérito”, afirmou.

Serra cumpriria mandato de senador até 2022, mas se afastou do cargo para assumir o ministério, indicado pelo presidente interino Michel Temer (PMDB-SP). Ele substitui Mauro Vieira, diplomata de carreira.

Além de senador, Serra já foi prefeito de São Paulo e governador do Estado e candidato à Presidência da República duas vezes. Em 2012, concorreu à Prefeitura de São Paulo, mas foi derrotado por Fernando Haddad (PT-SP).

O atual ministro, segundo reportagem da Folha de S.Paulo, vinha buscando caminhos para voltar aos holofotes políticos, diante da disputa interna no PSDB com o senador Aécio Neves (presidente nacional do partido) e Geraldo Alckmin (governador de São Paulo pela legenda).

Esta foi uma das poucas cerimônias de transmissão de cargo entre ministros realizadas, até o momento, após o afastamento de Dilma Rousseff, na última quinta-feira, uma vez que muitos dos que foram forçados a deixar o governo se negaram a entregar oficialmente suas pastas.

UOL

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