“Eu vou para o segundo turno, pode ter certeza. E a gente vai com gosto de gás, eu sou muito pé no chão”, afirmou o ex-deputado federal Rafael Motta, agora oficialmente pré-candidato a prefeito de Natal pelo Avante. Rafael lançou sua pré-candidatura no sábado 8, em evento do partido Avante realizado no clube Albatroz que contou também com o anúncio dos 35 nomes de pré-candidatos à Câmara Municipal de Natal.
“Sou movido a desafios. Pode faltar um bocado de coisas, mas coragem e sola de sapato temos de sobra. Mas acho muito prematuro falar agora. As pessoas estão tomando pé agora de quem são os candidatos. Na hora que apresentarmos nosso projeto para Natal, um projeto jovem, ligado à tecnologia, que mostra que Natal pode avançar em diversas áreas, elas verão que nosso projeto é o melhor”, disse, em entrevista à Jovem Pan Natal, nesta segunda 10.
Rafael disse, ainda, que Natal terá “uma candidatura de extrema-direita, mais conservadora, que a gente sabe que vai ter diversos donos”, se referindo a Paulinho Freire (União Brasil). “A gente vai ter uma candidatura de extrema esquerda (Natália Bonavides, do PT), que quem vai administrar a cidade será o partido e não a pessoa que você votou. Carlos Eduardo (PSD) é o candidato que, acho eu, que fez o melhor por Natal, mas acho que precisa avançar, de certa forma, com novas ideais para problemas antigos da cidade”.
O pré-candidato destacou que permanece “com meu posicionamento político partidário ideológico programático de centro-esquerda”. “Não sou favorável a radicalismos. Tenho posturas econômicas que são mais voltadas ao centro, liberais e sou favorável, por exemplo, à privatização do que não está funcionando, mas sou contra privatizações de áreas e pastas estratégicas como energia, que é uma área estratégica para qualquer país”.
E que continua alinhado com o presidente Lula (PT). “Eu acho Lula maior que o PT, partido que, do meu ponto de vista, inclusive, causa uma dificuldade no gerenciamento da própria governabilidade do presidente, do meu ponto de vista. Ajudei a eleger Lula, mas tenho minhas críticas. O aliado que não critica é um aliado que simplesmente é subserviente”, afirmou.
Rafael falou do compromisso que assumiu em concluir as obras estruturais em andamento no município, com prioridade para as que estão em fase adiantada de realização. “Existe uma série de obras que precisam ser finalizadas, outras que começaram e pararam, o que é um problema no Brasil. A prioridade é concluir o que está em construção”, garantiu.
Oficialmente pré-candidato a prefeito de Natal, Rafael Motta afirmou que tem buscado o diálogo e o entendimento com seus adversários, como o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PSD) e a deputada federal Natalia Bonavides (PT). No entanto, descartou a possibilidade de dialogar com a pré-candidatura do deputado federal Paulinho Freire (União Brasil), que representa a direita nas eleições pela administração da Capital.
“Converso com todo mundo, não tenho problema. Só não tenho muita liberdade e simpatia de conversar com a direita. Eu descartaria essa possibilidade, não pelas pessoas, mas pela postura política radical demais que existe na extrema-direita, que tem a candidatura do deputado Paulinho Freire”, afirmou.
Para ele, a política ainda está “morna” e isso o incentiva a dialogar com os natalenses para apresentar suas propostas de governo. Ele disse ainda que “as coisas estão prematuras” e que, “eleição, a gente sabe como começa, mas não como termina. Estamos fazendo um trabalho de formiguinha, pé no chão. Eleição começa assim, embrionária e pode terminar com uma vitória consagradora”.
Rafael falou também sobre a decisão do prefeito Álvaro Dias (Republicanos) em apoiar Paulinho Freire e indicar Joanna Guerra (Republicanos), ex-secretária de Planejamento para vice. E que seu posicionamento para a campanha eleitoral será se concentrar em defender suas ideias para a resolução de problemas antigos do município. “A questão de uma eleição parte das suas propostas para os problemas da cidade. E não se você vai defender ou atacar uma gestão”.
Agora RN