
A administradora Juliana Soares, 35 anos, vítima da sequência de 60 socos desferidos pelo ex-namorado dentro de um elevador em Natal, gravou participação para a retrospectiva do Globo Repórter. Em publicação nas redes sociais, ela aparece ao lado da jornalista Sandra Annenberg e anuncia: “Dia 26/12/25 tem retrospectiva Globo Repórter”.
O caso ganhou repercussão nacional após as câmeras de segurança de um condomínio em Ponta Negra registrarem, no dia 26 de julho, a agressão brutal. As imagens, que viralizaram em poucas horas, escancararam a violência cotidiana sofrida por milhões de brasileiras e transformaram Juliana em símbolo involuntário da luta contra o feminicídio e a violência doméstica.
Desde então, a potiguar tem se tornado voz ativa na pauta, participando de debates públicos e recebendo homenagens. A gravação para a retrospectiva da Globo reforça a projeção nacional do caso, que reabriu discussões sobre o ciclo da violência — da agressão psicológica ao ataque físico — e a fragilidade das políticas públicas para proteção das mulheres. Especialistas lembram que o Brasil registrou 1.492 feminicídios em 2024, o maior número desde que o crime foi tipificado.
Agora RN

