Em um vídeo que circula nas redes sociais, o capitão PM, Styvenson Valentim, aparece circulando em um carro (a imagem não identifica se é não uma viatura policial) sem usar o cinto de segurança. O militar, que vem sendo chamado de “Capitão da Educação”, anuncia no vídeo que estará no dia 18 no município de Campo Redondo para falar à estudantes sobre “ordem e disciplina em todos os ambientes, principalmente na escola”.
Embora não esteja dirigindo o veículo e utilizando o celular, o “Capitão da Educação” dar o mau exemplo de não utilizar o cinto de segurança no banco do passageiro, o que é contra a lei (no vídeo a imagem é invertida, o que faz parecer que o PM esteja conduzindo o carro), o que é contra a lei.
Embora o uso de cinto de segurança seja facultativo para policiais em serviço, não consta que Valentim esteja atuando em alguma missão policial que justifique a não utilização do equipamento, como forma de garantir a mobilidade do policial, caso este necessite entrar em ação.
A regalia da não utilização do cinto de segurança por policiais em serviço não é prevista em lei. Embora o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) não faça exceções a respeito da utilização do cinto de segurança para condutores de veículos de emergência (viaturas, ambulâncias etc), é muito comum, em diversas polícias Brasil afora, que os policiais deixem de utilizar esse equipamento obrigatório.
A razão para o cometimento da infração diz respeito à necessidade de desembarque mais ágil da viatura, em caso de ocorrências que necessitem desse procedimento – ou mesmo a restrição de movimentos no interior do próprio veículo, em caso de confrontos em movimento etc.
O problema é que, em muitas organizações policiais, acidentes graves no trânsito estão vitimando fatalmente profissionais que talvez estivessem vivos, caso o uso do cinto tivesse ocorrido. Há polícias onde o número de policiais mortos no trânsito supera a quantidade de policiais mortos em atentados criminosos.