
Em seu discurso durante vistoria das obras da Barragem de Oiticica, em Jucurutu, o presidente Jair Bolsonaro diz que a governadora Fátima Bezerra “atrasa” obras da barragem por questões políticas.
“A gente lamenta não poder fechar a barragem para que ela possa encorpar e realmente represar água, porque virou uma questão política por parte da governadora.”, afirmou o presidente.
Bolsonaro refere-se a desapropriação de algumas casas na região que faltam para a conclusão da obra. “Por causa de 10 ou 15 famílias que são usadas politicamente para tal, isso não é concluído… Não pode 15 pessoas prejudicarem mais de 300 mil que vivem na região do Seridó… Essa barragem é muito importante para o Nordeste a gente pede a Deus amoleça esses corações, de pessoas que fazem maldade com o povo para buscar poder para si”, disse Bolsonaro.
Acompanhado de deputados e ministros, entre eles os potiguares Rogério Marinho e Fábio Faria, Bolsonaro elevou o tom contra a oposição, a quem chamou parte de “canalhas”, falou sobre escândalos de corrupção e se exaltou ao falar sobre projeto de quase R$ 50 milhões da Funai sobre criptomoedas destinadas a indígenas. “Vá pra p** que pariu!”, gritou o presidente.
Relatando a importância das obras de transposição do Rio São Francisco, que chegarão ao Rio Grande do Norte nesta quarta-feira e terão a barragem de Oiticica, posteriormente, como local de armazenamento, Bolsonaro disse que o custo total da obra chegou a R$ 15 bilhões, em números arredondados.
Segundo ele, valores desviados e mal utilizados por Petrobras, BNDES e Caixa seriam suficientes para realizar 100 obras de transposição. “E tem gente que sente saudade desses canalhas? Todo mundo sofre em consequência desses canalhas. Não estou alfinetando nem criticando ninguém. Estou mostrando números”, disse o presidente, afirmando ainda que o Governo completou “três anos sem corrupção”.
Ainda elevando o tom político, Bolsonaro relembrou uma proposta que, segundo ele, capitaneada pela Fundação Nacional do Índio (Funai), previa o investimento de R$ 50 milhões para ações na área de criptomoedas voltadas aos indígenas.
“Os gastos eram mal feitos. Nos surpreendemos com um projeto de R$ 50 milhões na Funai para ensinar índio a mexer com bitcoin. Ah, vá para a p** que pariu!”, esbravejou Bolsonaro, que depois complementou. “Falo palavrão, mas eu não roubo!”.
Com informações do Portal Grande Ponto e Tribuna do Norte


1 Comentário
Que o cargo é importante, disso ninguém tem dúvida. Pena que o ocupante dele use de dialeto chulo e se permita proceder com tamanha vulgaridade.