Uma vidente viralizou nas redes sociais após prever um tsunami para o litoral do Rio Grande do Norte. Na publicação, ela, que se identifica como Vó Bahiana, com mais de 16 milhões de seguidores no Instagram, diz para a população ter cuidado. Além disso, a mulher diz que haverá mortes.
“Eu vejo o mar muito revoltado, um maremoto, alguma coisa acontecendo. Pessoas sendo arrastadas e muitos desencarnes. Então, um alerta para o Rio Grande do Norte. Para as pessoas que moram perto do litoral, do mar, praia, água. Algo muito ruim está para acontecer no Rio Grande do Norte, meu Deus”, diz a vidente.
Nos comentários do post, muitas pessoas criticaram a vidente. “Vai arrumar uma lavagem de roupa”, comentou uma usuária do Instagram. Enquanto outras trataram a situação com deboche. “Aqui no bairro Nordeste ainda tem vaga”, escreveu outra.
O PORTAL DA TROPICAL entrou em contato com Eduardo Menezes, geofísico de Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Labsis-UFRN), em busca de uma explicação sobre a ocorrência de um tsunami no litoral potiguar. Segundo ele, a probabilidade é mínima, por vários fatores.
“Existe esse tipo de fenômeno em outras regiões do mundo, mas aqui para o Rio Grande do Norte, para a costa brasileira, a gente não tem nenhum relato de tremor que provoca isso. Apesar de a gente ter tremor de terra que ocorre entre o Brasil e a África, nas Cadeias Oceânicas, na borda da placa sul-americana com a placa africana, o tipo de tremor que ocorre nessa região são considerados transcorrentes, a forma de movimento não gera essas ondas”, explicou.
Menezes detalhou ainda que é possível prever os fenômenos. “Então, é praticamente descartável essa possibilidade e não existe nenhuma previsão em nenhum lugar do planeta de tremor de terra, seja ele que provoque tsunami ou que seja ele que provoque terremotos mesmo destrutivos. Em algumas regiões, você tem dados estatísticos de recorrência e mesmo assim não se consegue prever dia, hora e local”, acrescentou o geofísico.
O Laboratório de Sismologia da UFRN integra a rede sismográfica brasileira e monitora as ocorrências de terremotos no estado e em outras localidades do Nordeste.
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