(Da redação do BLOG DO FM) – Embora nenhuma autoridade diplomática fale abertamente sobre o assunto, a simpatia do presidente Lula da Silva, do PT e de seus aliados de esquerda pelo grupo terrorista Hamas pode estar dificultando o processo de repatriação dos 34 brasileiros que se encontram sem alimentação, sem medicamentos e sob fogo cruzado na Faixa Gaza. Como já foi fartamente enfatizado pela imprensa nacional e internacional, os brasileiros não foram incluídos em nenhuma das quatros listas de cidadãos de variadas nacionalidades que receberam autorização de para deixar Gaza através da passagem de Rafah, que dá acesso ao Egito.
A posição velada de Lula da Silva pró Hamas pode ter acrescentado um ingrediente político nas difíceis negociações que o Itamaraty empreende para trazer para casa os cidadãos do Brasil.
Expressivos órgãos de imprensa já externaram essa simpatia Pró-Hamas do governo esquerdista do Brasil. No último sábado, dia 4, por exemplo, o renomado colunista Cláudio Humberto destacou que “a atitude irresponsável do governo petista excluiu o Brasil das tratativas para liberar os 34 brasileiros que estão na fila para deixar a região”.
O colunista avalia que o fascínio pelo Hamas explica fracasso de Lula: “Classificado de “anão diplomático” por um porta-voz israelense durante o governo Dilma Rousseff, o Brasil do PT tem mantido relações hostis com Tel Aviv. Arruinada de vez após os ataques do Hamas, quando o governo Lula ficou no lado errado da História, recusando-se a condenar as atrocidades e até a citar a organização terrorista, mesmo com execução covarde de três brasileiros entre 260 jovens que se divertiam. Apesar da guerra, a simpatia de Lula pelo Hamas foi percebida em Israel”, disse o profissional de imprensa.
No último dia 23 de outubro, segundo trecho de uma matéria publicada no “Estadão”, o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, ao responder uma pergunta de Cláudio Humberto sobre a postura do Brasil foi taxativo: “Temos diferença de opiniões e de definições. Nós pensamos que matar crianças num tiro na cabeça, estuprar mulheres e matar civis nas casas deles, nós pensamos que não tem outra palavra fora do terror para isso. O Itamaraty pensa diferente.”
De acordo com a CNN Brasil, na sexta-feira, dia 27 de outubro, Lula afirmou que o Brasil não reconhece o Hamas como organização terrorista, seguindo a visão da Organização das Nações Unidas (ONU), mas que o país “vê as ações do grupo radical islâmico como atos terroristas”.
Vale lembrar que em 31 de outubro de 2022, o site oficial do Hamas (que pode ser lido em língua árabe ou em inglês) publicou uma nota congratulando Lula pela vitória contra Bolsonaro nas urnas.
Enquanto o PT e aliados de lula da esquerda fazem manifestações pelo Brasil afora em favor da Palestina e do Hamas, os cidadãos brasileiros ficaram de fora pela 4ª vez da lista de estrangeiros autorizados por Israel a deixar Gaza, segundo uma nova lista, divulgada neste sábado pela embaixada do Brasil na Palestina.
Nesta nova leva de estrangeiros, 599 foram autorizados a deixar o país. A nova lista inclui 386 cidadãos dos Estados Unidos, 112 do Reino Unido, 51 da França, e 50 da Alemanha.
Matéria publicada pela Revista Oeste, em 10 de outubro, destaca em sua manchete: “Viva o Hamas”: militantes de esquerda fazem ato em Brasília com ataques a Israel. O site Brasil de Fato, neste sábado, dia 04, revelou também que “nos bastidores do governo federal já se fala em possível retaliação de Israel”.
Enquanto brasileiros permanecem convivendo com a escalada da violência, desde quarta-feira, dia 1º, civis estão sendo liberados para deixar a Faixa de Gaza pela passagem de Rafah. A fronteira foi aberta por acordo entre Israel, Egito e o Hamas para a retirada de pessoas gravemente feridas, estrangeiros e portadores de dupla nacionalidade.
Eis a relação das outras liberações:
1ª lista: cerca de 480 estrangeiros;
2ª lista: 576 estrangeiros;
3ª lista: 571 estrangeiros;
4ª lista: 599 estrangeiros.
Um detalhe: no grupo de 34 brasileiros que esperam pela liberação, metade é composto por crianças.