O Governo do Estado publicou o RN + Vacina, plano de vacinação da Covid-19, e chamou a atenção do vereador Tércio Tinoco o fato das pessoas com deficiência não estarem incluídas na lista de grupos prioritários. “A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência inclusive já obriga o poder público a reconhecer essas pessoas como vulneráveis e a atende-las de forma prioritária, e protegê-las em situações de calamidade pública”, lembra Tércio.
Segundo o IBGE, o Brasil tem quase 24% da população com alguma deficiência. O RN tem número maior que a média nacional: 27,8% dos potiguares possuem algum tipo de deficiência: visual, motora, auditiva, mental ou intelectual. “E o risco de contágio pelo Coronavírus é maior entre essas pessoas”, alerta Tercio. “Existem estudos que apontam um risco até 3 vezes maior. Cadeirantes, como eu, utilizam as mãos nas rodas das cadeiras para se locomover. Muitos precisam de ajuda de terceiros para atividades básicas do dia a dia, como lavar as mãos, cuidado essencial em tempos de pandemia. O deficiente visual ‘enxerga’ também com as mãos, toca em superfícies e objetos constantemente. Pessoas com deficiência intelectual, autistas, têm dificuldade de entender a necessidade de distanciamento social e uso de máscaras. Esses são apenas alguns exemplos”, lista o vereador.
O Plano RN + Vacina, lançado no dia 18 de dezembro passado, está divido em três fases iniciais: na primeira, serão vacinados os trabalhadores da saúde, população idosa a partir dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (como asilos e instituições psiquiátricas) e população indígena; na segunda fase, serão as pessoas de 60 a 74 anos; e a terceira fase prevê a imunização de pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da doença (como diabetes mellitus, hipertensão, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, indivíduos transplantados de órgão sólido, anemia falciforme, câncer e obesidade grave.
“Esperamos que Governo e Sesap se sensibilizem diante do nosso pedido. Não queremos privilégios, mas que as autoridades reconheçam a real necessidade de protegerem as pessoas com deficiência nesse momento crítico da saúde mundial”, finaliza o vereador.