O projeto de intervenção urbanística e suas consequências para a Avenida Engenheiro Roberto Freire foi tema de audiência pública, na tarde dessa quarta-feira, dia 29, por proposição do deputado Hermano Morais (MDB). Segundo ele, o Governo do Estado recebeu notificação da Caixa Econômica Federal informando sobre a possibilidade de perda dos recursos por falta de utilização.
Em seu programa matutino, “O povo no Rádio”, o vereador Luiz Almir defendeu que os recursos sejam revertidos para obras do Pro Transporte na Zona Norte. Para o vereador, a solução para que esse dinheiro não seja perdido, seria a governadora Fátima Bezerra “brigar em brasília com a bancada federal para que o dinheiro seja utilizado para melhorias de infraestrutura na Zona Norte”, disse.
“Poderia pegar esse dinheiro e aplicar no Pro Transporte. A avenida das Fronteiras, que precisa de duplicação. Terminar o Pro Transporte que nós estamos querendo e precisando”, disse Luiz Almir em entrevista ao BLOG DO FM.
Comerciantes da Avenida Engenheiro Roberto Freire, argumentam que as obras inviabilizariam os negócios locais até que os serviços fossem concluídos. Diante da argumentação dos logistas, a quantia que gira em torno de R$ 70 milhões está “parada” há dois anos, gerando, então, a notificação da Caixa Econômica Feral sobre a possibilidade do estado perder esse recurso por falta de utilização.
“Na Roberto Freire eles não querem. Nem os comerciantes, nem os moradores, para não atrasar o comércio e ‘prejudicar a vida’ enquanto a Zona Norte está precisando”, defende o vereador que também é morador da região. Luiz Almir informou ainda que terá uma reunião com a governado às 11h desta quinta-feira, 30, para debater o repasse para as obras na Zona Norte.
Sobre o Pro Transporte
Criado em 2005 pela Prefeitura do Natal, o Pro Transporte é uma série de obras estruturais para a região da Zona Norte. O projeto previa duplicação de vias, construção de viadutos, passarelas e ciclofaixas em algumas das principais vias da região.
Os viadutos da Redinha e Avenida das Fronteiras, chegaram a ser concluídos, porém, outras necessidades como sinalização, pavimentação, iluminação em vários pontos da região não foram concluídos ou permanecem paradas.