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Venezuela e Cuba são primeiros ‘rivais’ de Temer no exterior

O PRESIDENTE INTERINO MICHEL TEMER ( MARCOS CORREA/AFP)

O PRESIDENTE INTERINO MICHEL TEMER ( MARCOS CORREA/AFP)

O afastamento da presidente Dilma Rousseff começa a ter reflexos na política externa entre o Brasil e os países vizinhos. Entre os primeiros “confrontos”, estão Cuba e Venezuela, que lançaram notas criticando o afastamento da mandatária e o novo governo de Michel Temer.

Na última sexta-feira (15), o presidente venezuelano Nicolás Maduro afirmou que estava convocando o embaixador em Brasília, Alberto Castelar, para consultas – uma medida considerada “grave” no campo da diplomacia internacional. Porém, no sábado (16), o governo afirmou em nota que a viagem de Castelar para Caracas “já estava programada”.

Por sua vez, Cuba divulgou uma nota oficial afirmando que o que ocorreu contra Dilma é um “golpe de Estado parlamentar-judicial, disfarçado de legalidade, que se gera há vários meses no Brasil”. Fontes do governo ainda informaram que uma notificação com esse “alerta” foi enviado para as mais altas autoridades das Nações Unidas (ONU).

Em resposta, em sua primeira ação à frente do Itamaraty, o ministro das Relações Exteriores, José Serra, emitiu duas notas criticando a postura de cinco países e da União das Nações Sul-Americanas (Unasul). Na primeira, Serra afirmou que Venezuela, Bolívia, Cuba, Equador e Nicarágua estão acusando um “golpe” quando tudo foi feito dentro da legislação brasileira.

Já contra o secretário-geral da Unasul, Ernesto Samper, o chanceler brasileiro afirmou que ele teve conclusões “errôneas” sobre o que ocorre no Brasil. Samper ameaçou levar a questão do impeachment no país a esferas internacionais de poder.

Além da Venezuela ter convocado seu embaixador, El Salvador também afirmou que não reconhece o novo governo brasileiro e convocou sua representante no Brasil.

A mudança de postura já era esperada por especialistas, já que o perfil de Serra é de ser opositor aos bolivarianos. A crise pode ser ainda mais acentuada porque, a partir de julho, Maduro assumirá a Presidência do Mercosul. (ANSA)

UOL

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