Implantada de forma pioneira há aproximadamente dois anos na unidade de saúde do Vale Dourado, na zona Norte de Natal, a classificação e avaliação de risco para a Atenção Básica otimizou o acolhimento e o atendimento aos usuários da rede municipal de assistência à saúde. Com uma média diária de 120 atendimentos e consultas, a unidade tem aprimorando a metodologia usada e recentemente, incluiu a cor preta no protocolo operacional, ampliando a gama de serviços oferecidos à população.
Segundo o diretor do Vale Dourado, Wellis de Freitas, desde a adoção da nova metodologia, a qualidade da assistência tem alcançado melhorias significativas, sendo reconhecida pelos próprios usuários que frequentam a unidade. Para ele, além de otimizar, a classificação e avaliação de risco também diminuiu o tempo médio de espera por atendimento ao promover a triagem dos pacientes conforme o grau de necessidade de cada um.
“Tivemos a ideia de implantar o sistema quando a atual administradora da unidade veio transferida da Maternidade Leide Morais para cá. Ela conhecia e trabalhava com as diretrizes de classificação e resolvemos adotá-la para tentar dar uma resposta mais eficiente às demandas surgidas no nosso cotidiano, pois atendemos uma grande região, incluindo áreas descobertas, que somam mais de 90 mil pessoas”.
A administradora Mércia Andrade disse que depois de um tempo a unidade conseguiu elaborar o seu próprio protocolo operacional, baseado no Protocolo de Manchester – um processo de classificação de pacientes feito pelo uso de cores e que permite definir imediatamente a situação de cada paciente, porém, com pequenas adequações para a realidade da Atenção Básica. E que, ao chegar à unidade, o usuário passa por triagem de avaliação e anamnese, para identificação do problema apresentado e a definição da conduta a ser seguida.
As cores usadas são azul (caso de paciente que necessita apenas de orientação ou encaminhado para agendamento), verde, amarela e vermelha. Mércia explicou que recentemente foi adicionada a cor preta, que é usada para os casos gravíssimos, que necessitam de encaminhamento urgente para unidades de urgência e emergência.
“Mas, independente da cor, todos os usuários são orientados e encaminhados acolhimento e, se necessário, atendimento, seja com médico, enfermeiro ou um técnico de Enfermagem. Sem dúvidas, depois que implantamos a metodologia na unidade, sentimos grandes e importantes mudanças positivas, otimizou o trabalho de atenção e atendimento às demandas e diminuiu o tumulto que havia na sala de espera, sem contar que melhorou muito a qualidade da assistência aos usuários da rede municipal de atenção básica. E trabalhamos para melhorar ainda mais”.