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Vacina da J&J “aumenta risco” de desenvolver rara doença no sistema nervoso

FOTO: FREDERIC J. BROWN/AFP

A agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos (FDA) atualizou nessa segunda-feira (12) seus avisos sobre a vacina contra a covid-19 da Johnson & Johnson para incluir uma informação sobre um “aumento do risco” do desenvolvimento da síndrome de Guillain-Barré (GBS).

Com base em um sistema de monitoramento federal sobre a segurança das vacinas, a FDA identificou 100 casos do raro distúrbio neurológico após a injeção de 12,5 milhões de doses. Destes, 95 foram graves e obrigaram a hospitalização do paciente. Uma morte foi relatada.

A notícia representa um novo golpe para o imunizante da J&J, que recebeu autorização para uso emergencial em fevereiro, mas que tem papel menor na campanha de vacinação dos Estados Unidos contra o covid-19.

A GBS é um distúrbio neurológico no qual o sistema imunológico do corpo danifica as próprias células nervosas, causando fraqueza muscular ou, nos casos mais graves, paralisia.

Afeta cerca de 3.000 a 6.000 pessoas a cada ano nos Estados Unidos. A maioria dos pacientes se recupera.

Foram observados casos deste distúrbio após a administração de certas vacinas, incluindo aquelas que previnem a gripe sazonal e herpes-zóster.

A vacina da J&J sofreu graves problemas de produção e uma fábrica de Baltimore responsável por sua fabricação foi fechada por três meses devido a problemas de contaminação.

Mesmo assim, o imunizante foi submetido a um hiato de segurança em abril, depois da identificação de um aumento no risco de um paciente desenvolver uma forma rara de coagulação, principalmente em mulheres jovens.

A suspensão foi retirada depois que se determinou que o perigo era remoto e que os benefícios superavam os riscos, mas o episódio resultou numa queda de demanda pela vacina da J&J.

Correio Braziliense

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