O atendimento psicológico infantil é uma prática que ajuda as crianças durante a época vital para seu desenvolvimento como pessoa. É comum os país deixarem passar sinais de depressão, tristeza, mal estar ou traumas que podem causar estragos permanentes se não são tratados desde cedo. Para isso, a Unidade de Saúde Familiar Comunitária, localizada dentro do Hospital Universitário Onofre Lopes, no bairro de Petrópolis, ajuda a direcionar os pais nestes casos com uso de ferramentas lúdicas, brincadeiras, trabalhos em grupo e orientações aos país.
Com uma média de aproximadamente 160 atendimentos mensais, a unidade recebe uma demanda constante de crianças com diferentes dificuldades muitas vezes causadas por problemas relacionados à família. A separação dos pais, violência doméstica, morte ou adoecimento de familiares podem causar traumas onde a criança não consiga se expressar lidando com as situações de forma temperamental ou até agressiva. Desta forma, são realizados grupos lúdicos com brincadeiras de desenvolvimento para trabalhar as partes cognitivas e emocionais. Além dos atendimentos individuais, são realizados os grupos operativos, lúdicos, terapêuticos, de educação e saúde e de orientação na área de Crescimento e Desenvolvimento e grupo de estimulação.
Segundo a psicóloga da unidade, Daniela Antunes, o atendimento é realizado com crianças de dois a treze anos de idade, onde o foco é estimular as crianças e orientar os pais em como cuidar dos filhos para diminuir as queixas. Entre as queixas mais comuns estão o atraso de desenvolvimento, dificuldade de aprendizagem, queixas de ansiedade, agressividade, dificuldade com a aceitação de limites e regras, autismo, transtorno de déficit de atenção, luto, entre outros. Além disso, a terapia infantil procura, por meio de brincadeiras, ajudar a criança a se auto expressar e expandir seus sentimentos acumulados de tensão, frustração, insegurança, agressividade, medo, espanto e confusão.
“Os pais tem uma responsabilidade muito grande no desenvolvimento das crianças, assim, procuramos orientar sobre formas de educar sem precisar usar a violência e as punições severas. Também trabalhamos em escolas, onde passamos orientações sobre drogas e comportamentos perigosos que possam levar para o caminho errado”, comentou.
É importante que os pais fiquem atentos aos sinais que possam indicar a necessidade da psicoterapia, como nos casos de choro persistente, teimosia não característica, mudanças de humor, tristeza, solicitação de colo ou regressão a fases de desenvolvimento as quais já se havia sido superada. O modo de vida levado pelos adultos em casa afeta diretamente as crianças que, em casos de violência ou assédios, podem causar traumas psicológicos graves que devem ser devidamente acompanhados por profissionais