O Senado deve votar, na próxima semana, o projeto que cria o programa de Mobilidade Verde, conhecido como Mover, incluindo a taxação de compras internacionais até US$ 50 dólares. Para o presidente do partido Novo, Eduardo Ribeiro, a forma do debate está equivocada por se tratar, de ‘um grande jabuti’.
“Qualquer discussão a respeito da taxação de importação no varejo precisa ser feita nos termos certos, e não pegar carona em um projeto que nada tem a ver com o assunto”, avaliou o político.
Ribeiro, que também é empresário, pondera que a demanda do setor varejista é legítima, “afinal o custo Brasil pressiona a margem de lucro dos negócios locais”. Mas acrescenta que “o caminho correto não deve ser taxar os produtos de fora, mas buscar soluções para que o comércio interno seja mais competitivo”.
O político aponta que a saída para o impasse passa por “questões tributárias, trabalhistas e logística. No fim, é isso que vai garantir maior competitividade e preços menores para o consumidor”.
Ribeiro também criticou o governo Lula, que segundo ele, empreende contra empresários e consumidores uma sanha arrecadatória. “Além disso, é bastante óbvio que o governo federal não está implementando esta taxa por convicção ideológica, mas sim com o único objetivo de aumentar a arrecadação”, arrematou.
A taxação de compras internacionais, apesar de inclusa no projeto do Mover, por meio de relatoria na Câmara do Deputados, tem como principal entusiasta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Diário do Poder