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Um ano após acidente que matou família, falésias de Pipa seguem com sinalização ineficaz sobre riscos

FOTO: SERGIO HENRIQUE SANTOS

Em 17 de novembro de 2020, uma parte da falésia de Pipa desabou e matou um casal e o filho de sete meses, que moravam no próprio município de Tibau do Sul, no litoral Norte potiguar, e curtiam uma folga em família na praia. A tragédia comoveu o país e acendeu o alerta sobre os perigos dessas formações.

Um ano depois do acidente, não houve nenhuma mudança efetiva no trecho e não há sinalização adequada. Os imóveis que foram interditados no topo das falésias após o acidente também continuam funcionando normalmente.

Na praia, na base das falésias, onde o casal sofreu o acidente, apenas algumas estacas tentam fazer um isolamento praticamente inexistente do trecho, que é identificado como área de risco por especialistas e autoridades.

Na segunda-feira passada (15), um novo acidente reacendeu as preocupações. Um turista de 19 anos caiu do alto de uma falésia, num trecho conhecido como “Chapadão”, durante um passeio de quadriciclo.

Ele teve fraturas no fêmur e na coluna, passou por cirurgias e tem estado de saúde estável. O local tem mais de 30 metros de altura. Em setembro de 2020, uma turista grávida e o namorado também haviam caído do trecho.

“Quem é aqui do local, tem ideia de até onde pode chegar. Mas quem é de fora, deveria ter uma sinalização, de poder chegar próximo até certo ponto, que é pra não acontecer esses acidentes”, disse a moradora Rafaele Bezerril.

Estudo avalia situação

Um estudo nas falésias de Pipa e Nísia Floresta tem sido feito por geógrafos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Ele foi encomendado após a tragédia no ano passado e deve ser concluído no fim deste mês de novembro, sendo entregue ao Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e ao Ministério Público Federal (MPF).

O g1 teve acesso a parte do relatório técnico no mês passado e entre as proposições que vão ser feitas está uma transferência planejada das construções instaladas nas bordas, que foram identificadas como áreas de risco. Também foi sugerido o impedimento da chegada de carros e pessoas à beira das falésias.

G1RN

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