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UFRN perderá R$ 14,7 milhões em 2026 com o corte de orçamento para universidades

FOTO: CÍCERO OLIVEIRA

A Reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) emitiu um alerta sobre a redução orçamentária imposta às universidades federais pelo Congresso Nacional durante a tramitação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026. Na UFRN, o corte chega a 7,18%, o que representa uma perda de R$ 14.738.445,00 em relação ao que estava previsto no projeto original.

Com a aprovação, o orçamento de custeio da instituição para o próximo ano caiu de R$ 205,1 milhões para R$ 190,4 milhões. O montante aprovado para 2026 consegue ser, inclusive, inferior ao orçamento discricionário de 2025, que foi de R$ 195,6 milhões.

Segundo o reitor da UFRN, José Daniel Diniz Melo, a tesourada nos recursos compromete diretamente a manutenção básica da universidade. “Esses cortes impactam fortemente o funcionamento da Universidade, em compromissos como pagamentos de energia elétrica, contratos de terceirização e na assistência estudantil”, destacou o gestor.

A maior preocupação recai sobre a assistência estudantil. O setor, que já havia demandado complementação de recursos em 2025 por ser insuficiente, sofreu um corte de 7,33% para 2026 em comparação ao projeto inicial, ficando com verba menor que a do ano corrente.

Diante do cenário, o reitor Daniel Diniz disse esperar que o Ministério da Educação (MEC) atue para recompor os valores, repetindo o que foi feito em anos anteriores. Para o gestor, as instituições federais precisam de um modelo de financiamento que garanta previsibilidade e recursos suficientes para o cumprimento de suas missões.

Cenário Nacional

A crise financeira não é exclusiva do Rio Grande do Norte. De acordo com análise da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), o orçamento das 69 universidades federais do país sofreu um corte total de R$ 488 milhões. A redução média nacional é de 7,05% nos recursos discricionários.

Para a Andifes, “os cortes aprovados agravam um quadro já crítico” do ensino superior brasileiro.

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