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UFRN inicia testes de Covid-19 em catadoras e catadores de materiais recicláveis

FOTO: DIVULGAÇÃO

O Instituto de Medicina Tropical (IMT) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) oferece, desde o último dia 31 de agosto, uma série de testagens para verificação do contágio pela Covid-19 para a população em situação de vulnerabilidade. A iniciativa foi possível pela parceria com o Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Norte (MPT-RN), que se dedica a viabilizar formas de controlar a disseminação do coronavírus desde o início da pandemia.

A capacidade de testagem do IMT foi dobrada com a destinação realizada pelo MPT dos recursos de um acordo judicial. Os valores foram convertidos em quatro freezers, três centrífugas, duas cabines de biossegurança, um termocirculador e um robô de extração automática de ácido nucleico. Esse robô, anteriormente disponível apenas no Laboratório Central do Estado (Lacen), permitiu que o número de amostras extraídas diretamente saltasse de 160 para 300. Atualmente, a capacidade do IMT é de realização de 500 testes diários.

O objetivo é identificar a presença de anticorpos em trabalhadores que praticamente não pararam suas atividades durante a pandemia e até então não possuíam acesso ao diagnóstico. Selma Jerônimo, diretora do IMT, frisa a relevância dos testes, inclusive para o direcionamento de eventuais infectados ao tratamento adequado.

Entre os principais beneficiados pela testagem estão quase 100 catadores de materiais recicláveis de duas das principais cooperativas da capital potiguar, a COOPCICLA (Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis de Natal) e a COOCAMAR (Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis e Desenvolvimento Sustentável do RN).

Em reunião virtual com os representantes das cooperativas, a procuradora regional do Trabalho Ileana Neiva confirmou também que as cooperativas estão fornecendo aos catadores equipamentos de proteção individual e medição de temperatura para o exercício das atividades, conforme recomendado pelo MPT-RN. Na reunião, realizada em parceria com o MPRN, representado pelas promotoras de Justiça Mariana Barbalho e Jeane Santos, foi acertado com as Cooperativas os dias em que os catadores seriam levados ao IMT para análise clínica e laboratorial.

Para Rosileide Manço do Nascimento, da COOCAMAR, a realização dos testes alivia uma das principais preocupações dos catadores durante a pandemia. “Estamos alegres e agradecidos pela conquista”, disse.

As testagens seguintes serão feitas nos catadores das cooperativas da região do Seridó.

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