Uma tecnologia desenvolvida na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) resultou no depósito de pedido de patente de um catalisador nanométrico, próprio para ser utilizado na produção de gás de síntese. Substância de alto valor agregado para a indústria química, o gás também é usado como intermediários na criação de gás natural sintético (GNS), na produção de amoníaco ou de metanol, bem como na produção de petróleo sintético para ser utilizado como um combustível ou lubrificante.
Denominado Catalisadores Trimetálicos Obtidos por Combustão Assistida por Micro-Ondas para Reforma Catalítica do Metano, o pedido de patente é resultado da tese de Rodolfo Luiz Bezerra de Araújo Medeiros, defendida no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais (PPGCEM). Hoje pesquisador do Laboratório de Tecnologia Ambiental (Labtam), Rodolfo explicou que o fato do catalisador possuir, como componentes ativos, o níquel (Ni), ferro (Fe) e cobalto (Co), é um dos diferenciais para sua eficiência e durabilidade.
“Geralmente, os catalisadores contendo apenas níquel possuem um tempo de vida útil menor, uma vez o níquel possui uma tendência para formar carbono na superfície do catalisador, desativando o mesmo e interferindo no rendimento da reação. Assim, a combinação inédita do ferro e do cobalto formando uma liga com o níquel permite otimizar o desempenho do catalisador. Além disso, esses metais possuem um custo muito inferior aos metais tradicionalmente utilizados como a platina ou paládio. Outra vantagem do catalisador é sua forma de preparo, que além de ser prática, utiliza apenas os sais dos metais e ureia solubilizados em água, sem qualquer aditivo, que após alguns minutos no micro-ondas é obtido o pó cerâmico”, explicou.