O motorista que expulsou a transexual Nicole Kelly Cruzdo do seu veículo sem motivo aparente teve a parceria com o Uber cancelada no Rio de Janeiro nesta semana. A assessoria da empresa alegou que a política adotada é de tolerância zero a qualquer forma de discriminação em viagens realizadas por meio da plataforma.
No caso, que ocorreu há 15 dias, assim que a cabeleireira Nicole entrou no veículo e o motorista percebeu que ela é uma mulher transexual, parou o carro e mandou que descesse.
Nicole disse que não sairia, uma vez que não havia feito nada de errado. Então, o motorista mentiu dizendo que era policial e ameaçou tirar uma arma debaixo do banco. Nicole ligou para o irmão e para o cunhado, que foram até onde ela estava e chamaram a polícia.
Os policiais do 7º BPM (São Gonçalo) chegaram, revistaram o veículo e, ao não encontrarem nada, o liberaram. Os agentes aconselharam Nicole a registrar o caso na delegacia, uma vez que o Código de Defesa do Consumidor proíbe que prestadores de serviço recusem atendimento a quem quer que seja. E que há a lei Estadual contra discriminação a pessoas LGBT.
Em matéria de capa ao jornal São Gonçalo, ela afirmou: “Eu me senti humilhada, ofendida, porque eu sou uma pessoa normal como qualquer outra. Eu trabalho, tenho meu dinheiro, corro atrás dos meus sonhos como qualquer outra pessoa. Vou registrar o caso e acionar a Uber na Justiça”, afirmou. A empresa, além de ter retirado o acesso do motorista à plataforma, entrou em contato com a usuária para oferecer apoio.
Fonte: Nlucon.com