Em pronunciamento oficial nessa quarta-feira (6/1), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou que o governo Federal assegurou 354 milhões de doses de vacinas contra o novo coronavírus para este ano e que o suprimento de seringas em estoque é suficiente para iniciar a vacinação ainda neste mês de janeiro. Mas a falta de um plano de vacinação nacional com datas tem deixado muito brasileiro assustado. Em busca de alternativas, alguns até se movimentam para viajar em busca de uma dose, de olho nos lugares com os calendários mais avançados.
É o caso da advogada Lídia Lacerda, de 54 anos, moradora do Distrito Federal. Inconformada com a indefinição dos governantes, decidiu, junto com alguns familiares, guardar dinheiro para um futuro ainda incerto. “A partir do momento em o governador Ibaneis Rocha declarou que vai esperar o plano nacional eu já me coloquei como uma das que vai buscar fora de Brasília a vacina”, disse. Ela está disposta a ir para São Paulo, Bahia ou qualquer país da América no Sul que possa oferecer uma dose.
“Não vou furar fila, mas preciso correr atrás de uma forma de me precaver. Me recuso a morrer de uma doença que já tem vacina, não vou ser uma estatística”, continuou.
No exterior, movimentação parecida começou a surgir após boatos de que o Canadá, os Estados Unidos e o Reino Unido poderiam disponibilizar vacinas para estrangeiros no segundo semestre, além da possibilidade de comprá-las em farmácias e clínicas particulares. No último mês, jornais europeus e indianos também denunciaram a existência de agências de viagens que planejavam “turismo de vacinas” com pacotes para a Europa, Ásia e América do Norte.
Metrópoles