WASHINGTON — O provável candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, fez neste fim de semana uma de suas declarações polêmicas e acusou sua rival democrata Hillary Clinton de ter sido cúmplice das infidelidades conjugais de seu marido, Bill Clinton. Os novos ataques podem ser uma nova estratégia de Trump para recuperar o eleitorado feminino — desconfiado após suas diversas declarações misóginas — e colocar no mesmo saco Bill e Hillary, sugerindo que ela é insensível ao sofrimento das mulheres.
Para o magnata, as traições “formam parte do jogo”, já que os Clinton aparecem juntos na campanha.
Por sua vez, a pré-candidata democrata disse neste domingo que muitos republicanos que se distanciam de Trump manifestaram adesão a ela.
— Evidentemente, estendo a mão a democratas, a republicanos, a independentes, a todos os eleitores que querem um candidato que realize uma campanha centrada nos problemas — afirmou, em entrevista à CBS. — Peço às pessoas que se somem a esta campanha e recebi muitos pedidos de republicanos nestes últimos dias, que estão interessados em falar.
Um número cada vez maior de líderes republicanos de primeira linha se somou, desde a vitória do magnata imobiliário na terça-feira em Indiana e o abandono de seus últimos rivais, ao movimento “Qualquer um menos Trump”, entre eles o candidato presidencial do partido em 2012, Mitt Romney, e os dois últimos presidentes republicanos, George W. Bush e seu pai, George H.W. Bush.