Partidos políticos que não superam a cláusula de barreira nas eleições de 2018, ficarão sem tempo de TV e rádio nas eleições municipais deste ano. Em Natal, pelo menos três partidos que já anunciaram pré-candidaturas a prefeito não terão esse direito – PRTB, PSTU e Rede — e pretendem contar como alternativa, principalmente, o uso das redes sociais.
Pré-candidato do PRTB a prefeito da capital, o coronel Hélio Oliveira disse que o partido não tendo acesso à propaganda eleitoral na mídia eletrônica tradicional, e abrindo mão dos recursos dos fundos partidário e eleitora, “não será empecilho”.
Para o coronel Hélio Oliveira, “assim como na campanha eleitoral do presidente Jair Bolsonaro, que tinha sete segundos de tempo de TV, “nós do PRTB utilizaremos as mídias sociais como na campanha de 2018”, como também já é uma tendência, inclusive, com os modelos de campanha dos Estados Unidos, “onde as mídias sociais são muitos fortes”.
Oliveira diz que o partido e seus candidatos, nas eleições majoritárias e proporcionais, “aproveitarão as redes sociais para divulgar os valores e bandeiras que defendemos, pois entendemos que podemos recuperar o espaço perdido pela sociedade dos valores cristãos e da família, enfim, falar daquilo que acreditamos e pregamos, é assim que pretendemos avançar na campanha também sem os recursos do fundo eleitoral que foram para o apoio ao combate contra a pandemia do Covid-19”.
A servidora pública confirmou que seu nome será homologado como candidatas na convenção do PSTU à prefeita de Natal e avalia que a reforma eleitoral de 2017 não foi justa para com os pequenos partidos políticos. “A gente vê isso de forma desigual e injusta, como já tínhamos pouco tempo de TV, assim como é injusta a não participação nos debates entre os candidato”, disse ela.
Para Rosália Fernandes, no processo eleitoral brasileiro que se diz democrático, “na prática não se garante direitos e oportunidades iguais aos pequenos partidos, que têm uma história e tradição de luta na cidade e no país”.
Outro pré-candidato de partido “nanico”, Freitas Júnior diz que o REDE também não tem dieito ao chamado “tempo de antena”, mas vai focar sua campanha eleitoral “totalmente no ambiente digital”, utilizando-se também de aplicativos, como os mensageiros Whatsapp e Telegram.
No entendimento de Freitas Júnior, independente do desempenho dos partidos em eleições passadas, “deveria haver um critério mais justo de distribuição desse tempo de TV, bem como o acesso igualitário a debates, sabatinas e entrevistas” na mídia de um modo geral.
Projeção da proporção do tempo de TV
PSL 12,81%
PT 11,32%
PSDB 6,6%
PSD 6,43%
PP 6,12%
PSB 6,02%
MDB 6,08%
PR 5,84%
PRB 5,58%
DEM 5,12%
PDT 5,08%
PSOL 3,11%
NOVO 3,07%
PODE 2,51%
PROS 2,28%
PTB 2,26%
SOLIDARIEDADE 2,18%
AVANTE 2,06%
PPS 1,78%
PSC 1,97%
PV 1,78%