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Tráfico Humano e Prostituição: Brasileiras são enganadas e obrigadas a se prostituírem na Coreia

AS VÍTIMAS FORAM SELECIONADAS ATRAVÉS DAS REDES SOCIAIS. FOTO: GETTY IMAGES/ISTOCKPHOTO

Cinco homens foram presos na Coreia do Sul suspeitos de prostituir sete mulheres brasileiras depois de convencê-las a viajar para o país asiático com a promessa de que elas poderiam se tornar artistas de K-pop, expressão que designa mundialmente a música pop sul-coreana, informou o jornal The Korea Times. Segundo a polícia de Ilsan Dongbu, no domingo, dia 1º, os cinco coreanos foram detidos acusados de confinamento, tráfico humano e exploração sexual.

De acordo com a reportagem, os suspeitos entraram em contato com as vítimas por meio das redes sociais em julho. As brasileiras – a maioria delas entre 20 e 30 anos – se interessavam pela cultura pop coreana. Para convencer as brasileiras a viajarem para a Coreia do Sul, os homens prometeram ajudá-las a se tornarem artistas ou modelos no país e lhes forneceram passagens de avião de ida e volta gratuitamente. As vítimas chegaram à Coreia em meados de julho.

Ainda segundo o jornal, depois da chegada das brasileiras ao país asiático, os suspeitos confiscaram os passaportes delas, confinaram as vítimas em alojamentos das cidades de Goyang e Paju, na província de Gyeonggi, e cancelaram os voos de volta ao Brasil.

Em seguida, os homens “venderam” as vítimas a casas de prostituição pelo valor de 2 milhões de wons por mulher, o equivalente a cerca de R$ 6.800. Os homens passaram, então, a ameaçar as mulheres e disseram que elas teriam que trabalhar para pagar o custo das passagens aéreas. Eles também declararam que as vítimas seriam acusadas de prostituição caso denunciassem o caso à polícia local.

De acordo com The Korea Times, as mulheres aproveitaram um descuido dos homens que as vigiavam e conseguiram entrar em contato com a embaixada brasileira na Coreia do Sul no dia 17 de agosto. Depois de ouvir a embaixada, a polícia local fez uma operação de resgate e as libertou. As vítimas foram levadas a abrigos de proteção para mulheres imigrantes.

Estadão

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