O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (Sintect-RN) anunciou que a categoria vai se reunir nesta terça-feira (17) para decidir sobre greve geral por tempo indeterminado. As reuniões acontecerão em Natal e Mossoró, às 19h e 18h, respectivamente. As assembleias se estenderão por todo o país e tem como ponto de discussão a proposta de privatização dos Correios.
No início do mês, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que abre caminho para a venda dos Correios. Com o aval do Congresso, o governo planeja fazer o leilão da estatal até o primeiro semestre de 2022. A proposta vai tramitar no Senado.
No Rio Grande do Norte, a estatal tem mais de mil funcionários. O presidente do Sintect-RN, Edilson Silva, teme a demissão em massa dos empregados. “É desumano fazer isso em um momento de crise econômica como o que vivemos”, afirmou ele.
Segundo o sindicato, a privatização dos Correios causaria um apagão postal nas pequenas cidades interioranas, que não gerariam lucro e, consequentemente, não despertariam interesse da iniciativa privada. “O serviço é um direito garantido pela constituição. Como fica a garantia de acesso a esses cidadãos?”, questionou Edilson Silva.
Para a privatização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), que tem mais de 90 mil empregados e foi criada em 1969, o governo justifica que há uma incerteza quanto à autossuficiência e capacidade de investimentos futuros da companhia.
A estatal registrou lucro líquido de R$ 1,53 bilhão no ano passado, o maior resultado nos últimos 10 anos.
Tribuna do Norte
1 Comentário
Greve inócua, essa daí. Há muito que o cidadão brasileiro do século 21 já não sente mais a falta dos Correios. Seu modelo de serviço anacrônico e obsoleto só pode ser essencial em países como Afeganistão e Serra Leoa. E olhe lá.