O vice-presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, deputado estadual Tomba Farias (PSDB), disse que “ninguém sabe” o destino que o governo Fátima Bezerra deu à emenda coletiva destinada para saúde, no valor de R$ 7 milhões, verba essa inserida no orçamento do 2024.
“Essa emenda, que foi tratada junto ao próprio líder do governo, deputado Francisco do PT e o deputado Getúlio Rego, então presidente da Comissão de Saúde, se destinava para a realização de cirurgias vasculares, mas esse dinheiro ninguém sabe para onde foi e as cirurgias não aconteceram. Enquanto isso, se agrava o quadro das cirurgias vasculares e, nós, parlamentares, estamos sendo cobrados pela população”, enfatizou.
Tomba Farias também denunciou que a cada dia aumentam as filas de pacientes que necessitam de cirurgias, inclusive de cateterismo, que é procedimento importantíssimo. “Há pacientes que estão com a vida por um fio e se encontram a espera de cirurgia há 30 dias ou mais. Tem pessoas que saíram da UTI, voltaram Santa Cruz, por exemplo, e ainda estão esperando um cateterismo”, ressalta.
O parlamentar municipalista também chamou a atenção para a grave situação que ocorre na Unidade Central de Agentes Terapêuticos do Rio Grande do Norte (Unicat-RN) , que tem como obrigação disponibilizar remédios de alto custo para a população, fato que não vem ocorrendo regularmente. “Inclusive, já estamos sabendo que a Comissão de Saúde da Assembleia vai atuar para investigar o que acontece no âmbito dessa instituição”, revela.
O vice-presidente da AL/RN detalhou que a própria imprensa já divulgou que quase a metade dos medicamentos da lista que deveria estar disponível na Unicat-RN está em falta para os usuários potiguares.
De acordo com o parlamentar, no último dia 10, foi destaque na imprensa que 95 dos 211 medicamentos encontram-se indisponíveis para pacientes, que precisam recorrer a compras com recursos próprios e em alguns casos, a ficarem sem a medicação por não possuir disponibilidade em farmácias.