“Eu nunca coloquei um pedido de cidadão aqui nessa Casa, vai terminar meu mandato e eu nunca coloquei. É o único, eu queria pedir aos colegas como uma forma de respeito, que votassem e dessem esse crédito de confiança a mim, que eu realmente, não tenho gratidão pra falar.” O vereador Cícero Martins apresentou na última quinta-feira, 12, um pedido para que a concessão do Título de Cidadão Natalense ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho de Jair Bolsonaro, fosse aprovado em caráter de urgência para que ele possa entregar a comenda na vinda do deputado a Natal na próxima semana. Contudo, a urgência não teve a quantidade de votos necessária, 20 votos. Tanto o pedido quanto a negativa gerou bastante tumulto na Câmara, resultando num verdadeiro “show de baixaria”.
“Dar o título de cidadão à um metralha?”, questionou o vereador Fernando Lucena.
Cícero, não satisfeito com os que se abstiveram ao regime de urgência, não poupou e abriu o verbo: “É importante pra ver o que é covardia. Pra ver um vereador descer correndo aqui e ficar arrudiando feito um doido como medo de vir votar”, disparou. Conforme o discurso amargo ia avançando, o vereador foi tomado pelo aspecto vingativo e proferiu palavras contra colegas que apoiou no passado.
“Defendi Ranieri com título de cidadão padória me dar um não aqui. O que você fez com sua abstenção e a canalhice de Sueldo não é uma coisa normal!”, gritou.
A situação ficou pior ainda quando Cícero pediu que a honraria fosse entregue também ao ministro Paulo Guedes.
Mais uma vez, Fernando Lucena levantou a voz e sugeriu que o título deveria ser entregue ao ministro na Penitenciária de Alcaçuz. “Tem um detalhe, lá tem os pavilhões. Tem o PCC de um lado e os Sindicatos do outro. Vocês vão ter que optar. Vocês homenageiam o PCC de um lado com o filho de Bolsonaro e o ‘Tchutchuco’ do outro”, disse.
O bate-boca seguiu com direito à “vamo discutir lá fora”… e “Chama a enfermeira com medicação pra psiquiatria”…
E por aí seguiu a baixaria que você pode ver no vídeo abaixo: