O técnico Tite renovou o contrato com a CBF para comandar a seleção brasileira até a Copa do Mundo de 2022.O acordo foi finalizado nesta quarta (25). Os valores da negociação não foram revelados.
Contratado em 2016, o treinador recebe R$ 600 mil por mês e não deverá ganhar um aumento na renovação do contrato. Antes mesmo da Copa, ele recebeu proposta da CBF para seguir à frente da equipe após o Mundial da Rússia.
Na Copa, Tite viu a equipe cair nas quartas de final. O time foi eliminado após ser derrotado pela Bélgica, por 2 a 1. Depois da derrota, o treinador recebeu novo convite para seguir no comando da equipe.Apesar da excelente campanha do time pré-Copa, a seleção não convenceu no torneio. No comando, Tite não conseguiu enquadrar o atacante Neymar, uma das decepções do Mundial.
O técnico já começa a trabalhar na próxima semana. Em agosto, ele fará a primeira convocação após permanecer no cargo, quando chamará os jogadores para dois amistosos nos EUA, em setembro. No dia 7, a equipe nacional enfrenta os donos da casa.O segundo compromisso será provavelmente contra El Salvador, no dia 11, em Washington.
Há dois anos no cargo, o treinador acumulou 20 vitórias, quatro empates e duas derrotas.
Antes da Copa do Qatar, Tite terá um compromisso decisivo no próximo ano: a Copa América. O torneio continental será disputado no Brasil. Um novo fracasso do time pode aumentar a pressão sobre o técnico.
O campeonato será realizado em cinco cidades: São Paulo, Rio, Porto Alegre, Belo Horizonte e Salvador.
A comissão técnica também será enxugada. No Mundial, Tite contou com a ajuda de 40 profissionais, o que não acontecerá nos amistosos até a Copa América. Serão oito jogos antes da Copa América. Logo após o torneio continental, em 2019, a seleção começa a disputar as eliminatórias da Copa do Qatar.
Com o acordo, Tite é o primeiro treinador a permanecer no cargo após a derrota em um Mundial desde Cláudio Coutinho, que comandou o time nacional na Copa de 1978. Depois do torneio, ele permaneceu no cargo para o ciclo do Mundial de 1982, mas caiu três anos antes, em 1979.
Naquele período, o time nacional venceu cinco partidas, empatou três e perdeu duas. O empate contra o Paraguai, por 2 a 2, pela semifinal da Copa América de 1979, foi a sua última partida.
Após a eliminação no torneio, ele foi substituído por Telê Santana.
Folha de São Paulo