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Styvenson justifica voto a favor de 37 ministérios e defende prerrogativa de Lula: “Ganhou democraticamente”

FOTO: PEDRO FRANÇA

O senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) afirmou nesta sexta-feira (2) que, apesar de defender o enxugamento de gastos e estruturas burocráticas da máquina pública, votou a favor da medida provisória que cria 37 ministérios porque respeita a prerrogativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de manter as pastas que achar conveniente.

“Ele ganhou democraticamente a campanha eleitoral. Continuo pensando igual, mas o governo é dele. Se ele acha que deve administrar a governabilidade assim, se ele acha que deve fazer isso, então eu juntei os senadores do Podemos e todos entraram de acordo. Vamos dar o voto de confiança nele”, afirmou o parlamentar, em entrevista ao PORTAL DA 98 FM.

Styvenson ressalta, ainda, que a ampliação no número de ministérios não representa aumento expressivo de gastos, e que defende a redução da máquina mais como uma forma de agilizar a prestação de serviços. “A economia é quase ínfima”, diz Styvenson.

“Cada presidente, mesmo que eu não concorde, vai administrar o País da sua forma”, pontua.

Ele disse, ainda, que é preciso respeitar o modo de governabilidade que o presidente Lula definiu. E destacou, também, que a medida provisória já estava valendo desde o início do governo, em janeiro, quando foram criados os ministérios. A aprovação da medida no Congresso era apenas uma chancela. Uma eventual reprovação da MP poderia representar, além disso, prejuízos à gestão, pois a estrutura de governo voltaria à formatação deixada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Se eu pensar exclusivamente nisso (diminuição da máquina), posso estar prejudicando o governo do cara e, consequentemente, o País”, pontuou.

“A gente não quer atrapalhar governo de ninguém e ser prejudicial para o País”, acrescentou.

Apesar de ter votado a favor da medida provisória dos ministérios, Styvenson diz que não aderiu à base governista e que, em novas votações, poderá ser contra o governo. Ele sugeriu que vai votar contra a indicação do advogado Cristiano Zanin para o Supremo Tribunal Federal (STF) e não deu certeza de votar a favor do novo arcabouço fiscal.

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