A Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal anunciou nesta quinta-feira (4) que vai aumentar o número de viagens realizadas nos horários de pico para tentar reduzir as aglomerações de passageiros nos horários de pico, durante a pandemia da Covid-19. Com o aumento de casos da doença e superlotação dos leitos no estado, passageiros passaram a temer ainda mais a contaminação nos ônibus lotados.
Segundo a STTU, o município vai fazer a “reformulação imediata” de 30% das ordens de serviço em operação, determinando acréscimo de 30% no número de viagens nos horários de pico, entre 6h e 7h e 17h e 18h. O aumento, no entanto, não envolve mais ônibus e trabalhadores na frota – as viagens serão remanejadas de outros horários de baixa demanda.
15 linhas passarão pela mudança em até 48 horas, segundo a pasta:
- N-73 – Santarém/Ponta Negra
- S-50 Serrambi/Santa Catarina
- N-08 Redinha/Mirassol via Rodoviária
- N-29 Nova Natal/Nova Descoberta
- N-60 Pajuçara/Mirassol
- N-64 Nova Natal/Petrópolis
- N-43 Nova Natal/Midway via Alecrim
- N-07 Alvorada IV/Cidade Jardim
- N-77 Parque dos Coqueiro/Mirassol
- N-79 Parque das Dunas/Mirassol
- N-84 Soledade/Petrópolis
- N-35 Soledade/Candelária via avenida Prudente de Morais
- N-02 Gramoré/Midway
- N-15 Pajuçara/Petrópolis
- N-75 Parque das Dunas/Alecrim
De acordo com Nilton Filho, diretor de planejamento da STTU, a mudança sem o incremento da frota e motoristas acontece para não aumentar os custos de operação. Somente a mão de obra representaria cerca de 40% dos custos operacionais.
“Falar em aumento de custos agora vai causar nova discussão sobre a tarifa e este não é o momento”, considerou.
Ainda de acordo com Nilton, a pasta fez uma pesquisa de campo para verificar os horários de maior lotação nos ônibus e comparou com o número de viagens em cada horário. Para a reformulação, também foi levada em consideração a jornada de trabalho dos operadores (motoristas).
“Verificamos que, em algumas linhas, havia excesso de oferta em horários que tinham menos demanda”, considerou.
“O sistema de transporte é um fator, mas não é o responsável pelo que está acontecendo no Brasil”, defendeu o secretário de mobilidade urbana, Paulo César Medeiros.