A Caixa Econômica Federal investiu R$ 763,5 milhões em futebol desde que iniciou os investimentos na modalidade, em 2012. O valor corresponde a 69,5% dos patrocínios destinados a clubes e projetos esportivos feitos pelo banco. A soma chega a R$ 1,1 bilhão.
Os clubes foram os maiores beneficiados: 35 receberam R$ 665 milhões da estatal no período. As informações foram obtidas pelo Poder360 via LAI (Lei de Acesso à Informação).
As agremiações cujos contratos somam os maiores valores são, respectivamente, Flamengo (R$ 141 milhões), Corinthians (R$ 121 milhões) e Vasco (R$ 50 milhões). Dos clubes já atendidos –veja tabela abaixo– apenas Sport e Botafogo tem contratos em andamento em 2019.
Em relação a campeonatos de futebol, R$ 97,8 milhões patrocinaram 11 competições regionais, 2 nacionais (campeonato brasileiro séries B e C e campeonato Brasileiro feminino) e uma internacional (Torneio Internacional de Seleções Feminino) no período.
Além desses investimentos, a estatal tem aprovado o orçamento de R$ 538,5 milhões para comitês e confederações –o valor está além dos R$ 1,1 bilhão. São elas: Confederação brasileira de ginástica (R$ 69 milhões); Comitê Paraolímpico Brasileiro (R$ 244 milhões); Confederação Brasileira de Atletismo (R$ 194,5 milhões); Confederação Brasileira de Ciclismo (R$ 17 milhões) e Confederação Brasileira de Lutas Associadas (R$ 13,95 milhões).
Os patrocínios esportivos feitos pela Caixa já foram alvo de questionamentos pelo ministro da Economia, Paulo Guedes e do novo presidente do banco, Pedro Guimarães. Na cerimônia de transmissão de cargo, Guimarães afirmou que lançará um programa de controle de custos, “seja em compras ou programas com patrocínio” e que a ação “é uma determinação do presidente da República e do ministro”.
Banco não explica critérios para escolha
Questionada sobre os critérios para definir as modalidades, clubes e eventos que patrocina e sobre como acompanha o retorno desses investimentos, a estatal respondeu em nota que não comentaria.
A respeito das novas diretrizes para o setor neste ano, a Caixa afirmou que “os patrocínios para 2019 estão sob análise”.
Ainda assim, mantém em seu site imagem na qual afirma ser “a maior apoiadora do futebol brasileiro”.
Poder