Só é lembrado quem vence. O mantra concebido na carne por Dunga e repetido em entrevistas coletivas e preleções está bem assimilado pelos jogadores da seleção brasileira. Ao longo de duas semanas de preparação para a Copa América Centenário, vários repetiram o lema em conversas com a imprensa, o que revela a ênfase do discurso dentro da comissão técnica. Neste sábado, contra o Equador, às 23h (de Brasília), o Brasil estreia na competição para tentar colocar em prática a ideia do treinador. O GloboEsporte.com, a TV Globo e o SporTV transmitem o jogo ao vivo. O site também acompanha em Tempo Real.
– Não fizemos nada de novo (para a Copa América). Fica para a história. Na hora que abrir o álbum, os livros, está quem venceu. Jogador tem que ter vitórias no DNA. Vitória se traduz com trabalho, dinâmica, qualidade técnica, aperfeiçoamento. Estamos buscando isso. Temos que jogar para ganhar. Desde que começamos, a vida nos ensina a dar oportunidade para a gente lutar e sair vencedor. Por mais que as pessoas achem que não é, a vida é feita por vencedores. Não quer dizer que vai ganhar sempre, mas tem que estar sempre entre aqueles que têm possibilidade de vencer – afirmou o treinador.
Dunga tem motivos para pensar desta maneira. Depois de ser um dos jogadores mais criticados no fracasso da Seleção na Copa do Mundo de 1990, deu a volta por cima em 1994. Acredita que, não fosse o tetra, não teria passado para a história como vencedor. Por isso, tenta passar os mesmos valores para seus comandados.
O lema foi bem assimilado. Lucas Lima, Renato Augusto e Douglas Santos repetiram o mantra em suas coletivas. Até mesmo a comissão técnica entrou no clima: ao chegar, o auxiliar pontual Rogério Ceni disse estar com “ideia fixa de ser campeão”. Internamente, a postura do ex-goleiro reforçou a convicção de que sua presença foi acertada.