O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) Natal, da Secretaria Municipal de Saúde, encerrou em setembro a participação do teste do Projeto Armadilhas Disseminadores, que teve início em 2018, tendo resultados positivos, com perspectiva de ser implantado em Natal. As Armadilhas Disseminadoras foram desenvolvidas pela Fiocruz do Amazonas no Projeto Inovações na Vigilância e Controle das Arboviroses do Ministério da Saúde, onde Natal participou junto com outras capitais.
O Projeto das Armadilhas Disseminadores consiste em trabalho artesanal com utilização de baldes de cerca de 50 centímetros fixados com tecido impregnados de larvicida que foram colocados em pontos estratégicos em residências como teste, nos bairros de Nossa Senhora da Apresentação e Felipe Camarão. As armadilhas disseminam larvicidas para eliminar a larva do Aedes aegypti. O mosquito pousa na armadilha e leva larvicida para outro depósito, aumentando a dispersão do larvicida, contribuindo para a diminuição do número de vetores.
O objetivo do projeto é testar a implantação da armadilha em serviço e verificar o impacto dela,sobre a população de vetores de arboviroses, o Aedes aegypti, que provoca dengue, zika e chikungunya. De acordo com o chefe do CCZ, Alessandre Medeiros, os resultados estão sendo avaliados. “Preliminarmente, os resultados estão sendo positivos. Estamos aguardando ajustes entre a Fiocruz e o Ministério da Saúde para a expansão e implantação em em áreas de alta transmissão do Aedes aegypti em Natal”.
A chefe do Núcleo de Vigilância Entomológica, Márcia Cristina Moura, afirmou que o projeto resultou numa sensível diminuição gradativa de produção de ovos do mosquito Aedes aegypti. “Tivemos uma redução de mais de 20% na eclosão de ovos do mosquito Aedes aegypti nos dois bairros aplicados. Isso reflete em redução significativa na produção de ovos”.