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SINDLEITE-RN debate com ex-secretário de SC oportunidades para produção leiteira potiguar

FOTO: DIVULGAÇÃO

O ex-secretário de Agricultura de Santa Catarina e consultor, Airton Spies, apresentou nesta sexta-feira (23.08) um panorama do mercado e da conjuntura da cadeia produtiva do leite no país, além das perspectivas para melhorias de competitividade para produtores e indústrias de beneficiamento do leite do Rio Grande do Norte. A explanação foi em uma reunião, na qual o consultor participou online, com o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Norte (SINDLEITE-RN), Túlio Antônio Gurgel Veras; um dos vice-presidentes da FIERN, Edilson Trindade; a coordenadora executiva de Relações Institucionais e com o Mercado, Ana Adalgisa Dias; e a executiva do Sindicato, Nara Félix, na Casa da Indústria.

Túlio Veras afirmou que tem buscado, desde o início de sua gestão à frente do SINDLEITE, identificar os principais gargalos do setor no Rio Grande do Norte, os caminhos para superar os desafios e, com isso, o desenvolvimento da cadeia produtiva do leite no Estado. Para isso, fez uma série de visitas a empresas, que são referência em produtividade nos estados que se destacam na atividade. “Procuramos entender como outros estados conseguiram chegar ao pódio na produção de dos lácteos a exemplo de Minas Gerais e Paraná”, afirmou. Ele citou também Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Ceará, como unidades da federação onde houve avanços no setor.

“Podemos observar que o conhecimento saiu das universidades e chegou ao campo. Há investimentos pesado em genética. [Empresas no mercado] que disponibilizam um trabalho genômico em bovinos, e com isso fazem exames no animal para fazer o acasalamento correto, melhorando os resultados que o produtor precisa”, comentou.

O presidente salientou também as inovações, tecnologias e automação a exemplo do uso da robótica para ordenhar vacas. “Na indústria, também houve avanços significativos, um alto nível tecnológico, indústrias com escala alta de produção, muito competitivas. Fizemos visita a um laticínio onde praticamente só se desperdiça a fumaça”, disse Veras.

Ao analisar essas transformações, o presidente do Sindicato constatou a necessidade de fazer um diagnóstico para que a cadeia produtiva do leite no Rio Grande do Norte possa ser mais forte. “Precisamos ser mais eficiente, competitivo”.

Ele lembra que recentemente houve um período longo de estiagem no território potiguar onde grande parte do rebanho foi dizimado e consequentemente uma redução de quase 50% na bacia leiteira. “Isso foi um indicativo de fragilidade, quando comparamos o Semiárido nordestino com desertos, que produzem muito leite, ou com regiões que tem geada”, observou. “Então, colocamos o pé na estrada e fomos buscar alternativas. Abrimos o diálogo, fizermos relacionamento plural, escutei sugestões, e, agora na Agroleite, após 14 meses de estrada, em diálogo sobre a aliança láctea Sul Brasileira, numa interlocução ímpar, resultou na reunião com o consultor Airton Spies”, informou Túlio Veras.

O presidente do SINDLEITE-RN afirma que essas interlocuções confirmam que há potencial agropecuário e no beneficiamento do leite no RN, apesar das adversidades. “Podemos evoluir e ampliar a produção do leite, porque temos luminosidade, solos bons que é primordial, água no subsolo e contamos com a capacidade dos produtores e da indústria. Agora, precisamos unir esforços, unir os parceiros, levar mais assistência técnica, inovação e tecnologias para num projeto único fortalecer a cadeia produtiva do leite potiguar”, destacou Túlio Veras.

Resolver gargalos para maior eficiência na produção

Airton Spies é doutor em Economia dos Recursos Naturais pela University of Queensland, da Austrália e Mestre em Ciências Agrícolas pela Universidade de Lincoln, Nova Zelândia. Tem graduações como Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal de Santa Catarina (1990) é Administrador de Empresas pela UNIDAVI. Foi secretário da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina. Atualmente é palestrante e consultor.

“Se resolverem os gargalos, a eficiência da produção e a organização da cadeia produtiva, há vantagens competitivas [para o leite produzido nos estados nordestinos”, apontou o consultor. O caminho, disse Spies, é o Nordeste melhorar a eficiência da produção regional, com foco nos mercados desabastecidos da região.

Blog do Gustavo Negreiros

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